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O futebol é, certamente, um dos principais assuntos nas rodas de conversas do povo brasileiro. Considerado uma paixão nacional, esse é um esporte que mexe com a emoção das pessoas, seja para aqueles que estão apenas torcendo pelo seu time de coração ou para aqueles que o praticam. No entanto, outros esportes também podem despertar emoções impossíveis de quantificar.

"A emoção tem influência grande no desempenho esportivo e pode se manifestar através de sentimentos de insegurança, ansiedade e até mesmo medo. Ela também se manifesta através de respostas motoras e cognitivas, que podem levar o atleta a erros que na maioria das vezes não cometeria", explica o professor de Educação Física e doutor em Psicologia Social Dante de Rose.

Segundo o professor, há também as emoções positivas, como a euforia e a agressividade positiva, que elevam o nível de ativação e fazem com que os atletas produzam resultados satisfatórios, às vezes inesperados. O difícil, porém, é controlar esses momentos emotivos e manter a tranquilidade para poder desempenhar em um nível adequado.

Mas não é apenas na prática esportiva que as emoções tomam um papel importante. Como dito anteriormente, o brasileiro trata o esporte, em particular o futebol, como algo ligado à soberania nacional. Para o torcedor, o único resultado válido quase sempre é o título de campeão, desprezando-se o esforço que os atletas fazem para atingir seus objetivos.

"Isso tem muita relação com a cultura quase que monoteísta do futebol que impera no país. Também tem relação com a falta de conhecimento da realidade esportiva mundial. Então, para a população em geral, o atleta brasileiro tem sempre que ser o primeiro, independentemente do esporte e do adversário a ser enfrentado", completa Dante.

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