Índice deste artigo:

O excesso de gases pode trazer consequências mais sérias se não for devidamente cuidado?

Em bebês, o excesso de gases, principalmente no estômago e no intestino, pode propiciar refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago (refluxo gastresofágico) e suas consequências, como baixo ganho de peso. Este último sintoma pode ocorrer pela baixa ingestão alimentar decorrente do desconforto abdominal ou porque o alimento que gerou a fermentação e produção de gases também levou à intolerância clínica, eventualmente com diarreia associada. Distensão muito intensa pode, embora raramente, levar a uma emergência cirúrgica, à torção do intestino, assim como pode determinar alguma dificuldade respiratória.

 

O que deve ser feito quando a criança apresenta muitos gases e a barriga muito estufada?

Levar ao serviço médico para fazer o diagnóstico da causa que está determinando o excesso de gases. Cabe lembrar que, além das causas citadas, outras condições que necessitam tratamento podem levar à distensão abdominal. Se a causa for de origem alimentar, nem sempre é necessário tirar por completo o alimento que causa a intolerância. Exemplificando: nas intolerâncias à lactose, a criança pode não tolerar um copo de leite cheio tomado de uma só vez, mas pode tolerar ¼ de copo ingerido quatro vezes ao longo do dia. Isso é totalmente diferente do que deve ser feito quando ocorre intolerância à proteína do leite (ou alergia ao leite de vaca), quando o leite de vaca e seus derivados devem ser retirados completamente da dieta.

 

 

Profª. Dra. Helga Verena Leoni Maffei é médica formada pela Faculdade de Medicina da USP, onde fez Residência em Pediatria e curso de Especialização. Filiada ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP – sob o nº 10714. Título de Especialista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Pediatria e pelo Conselho Federal de Medicina. Pós-Doutorado em Londres, Reino Unido. É Profª. Emérita da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, onde foi docente de 1966-2005, tendo organizado a Residência e o curso de pós-graduação em Gastroenterologia Pediátrica. Foi secretária-geral e presidente das Sociedades Paulista – e Latino-americana – de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição. Foi membro do Comitê de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, e o é da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Tem diversos trabalhos científicos e capítulos de livros publicados.

Publicidade