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Muitas vezes a pessoa que está sofrendo bullying não faz uma reclamação clara para os pais ou professores, mas, segundo a pedagoga, alguns sinais podem ser notados, como a recusa em ir para a escola de forma insistente ou mesmo um comportamento mais agressivo do que o habitual. "É importante que os pais estejam atentos às mudanças de comportamento do seu filho e que eles conversem bastante com a criança, perguntando sobre como é o convívio escolar", diz ela. Já a escola, se perceber o bullying ou se for avisada sobre isso, deve chamar a família do agressor e orientar os seus pais e, se necessário, encaminhar a criança para um tratamento psicológico.

Os casos de bullying vêm crescendo e, com isso, a violência. É cada vez mais comum vermos na televisão casos de pessoas que sofrem de bullying se matar ou tomar alguma atitude violenta. Para evitar que isso aconteça, a primeira dica da pedagoga é que os pais estejam sempre presentes e próximos da vida do filho o suficiente para acompanhá-los e para ensiná-los o princípio básico de se viver em grupo, que é respeitar o próximo e conseguir se colocar no lugar dele. "O que ocorre, porém, é que as famílias estão em crise e as crianças e adolescentes estão sofrendo as consequências de viver dentro de um contexto emocional agressivo. Muitas vezes repetem na escola o que vivem em casa ou reagem fora de casa a agressão que sofrem dentro da família", explica ela.

De acordo com Miriam, a escola pode contribuir bastante para diminuir o problema, pois as crianças passam grande parte do tempo lá dentro. A questão é que oferecer palestras informativas apenas não resolve o problema. A escola precisa criar um espaço dentro da sua grade curricular para trabalhar sentimentos e atitudes que ajudem os jovens a aprender a lidar com os próprios sentimentos e a se colocar no lugar do outro.

Muitos jovens que sofrem bullying precisam de tratamento, mas isso depende de muitos fatores, o principal é o impacto emocional que o bullying gerou naquela pessoa. Isso aparece através de sintomas como ansiedade, depressão, fobias, insônia, etc. "Pra muita gente, o bullying pode parecer besteira, mas é importante salientar que ele pode gerar traumas ou até mesmo uma doença mais grave como a depressão, por exemplo", diz ela.

 

Miriam Barros é psicóloga clínica formada pela FMU, Psicodramatista formada pela PUC/SOSPS e Psicoterapeuta de crianças, adolescentes, casal e família.

Site: www.miriambarros.com.br

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