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Evolução do tumor e tratamento

A evolução do tumor na região da coluna pode trazer graves sequelas ao paciente diagnosticado com o problema, como é o caso da paraplegia (perda dos movimentos das pernas) ou da tetraplegia (perda total dos movimentos dos braços e pernas). Por isso, muitas vezes a opção médica é pelo tratamento cirúrgico, que também pode ter suas complicações.

"A cirurgia também tem risco de paralisia, porém ele é baixo comparando-se com os pacientes que não são operados. Portanto, de forma geral, é mais seguro operar do que não operar com relação ao risco de paralisia", explica Alexandre.

Além de envolver a necessidade da cirurgia, o tratamento do tumor deve ser multidisciplinar e contar com profissionais de diferentes áreas, como o neurocirurgião, o oncologista, o nutrólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo, a equipe de enfermagem, entre outros.

"Nos casos benignos, é possível realizar a cirurgia de ressecção total da lesão, promovendo a cura da doença. Para os casos de malignidade, que não respondem às terapias ou caminham para um comprometimento funcional do indivíduo, a cirurgia é indicada para garantir a mobilidade e diminuir o quadro de dor, devolvendo a qualidade de vida ao paciente", completa o médico.

Apesar dos riscos que as dores na coluna podem representar, nem sempre elas são sinal de tumor no local. Por essa razão, o neurocirurgião da coluna deixa uma última mensagem. "A dor é nossa amiga e por isso não é preciso entrar em pânico sem motivo aparente, mas sim observar os sinais do nosso corpo. Ao sentir que algo está em desacordo ou fora da rotina, não hesite em procurar ajuda profissional."

 

 

Dr. Alexandre Elias é neurocirurgião de coluna, com foco em cirurgia minimamente invasiva, especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA). O médico ainda atua como chefe do setor de cirurgia da coluna vertebral no Departamento de Neurocirurgia da Unifesp, desde 2007, e como especialista de cirurgia de coluna do Centro de Dor e Coluna do Hospital 9 de Julho.

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