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Idoso e AlzheimerA doença de Alzheimer constitui-se numa das maiores preocupações a respeito das doenças que atingem as pessoas mais idosas. Mas o que é esta doença? Quais suas características principais? Como ela avança? Existe cura ou tratamento? Atinge apenas pessoas idosas? Este artigo visa esclarecer essas e mais algumas dúvidas comuns.

A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez na década de 1900, quando o Dr. Alois Alzheimer identificou os sintomas da doença em uma paciente que tinha aproximadamente cinquenta anos de idade. Desde essa época outros pacientes foram diagnosticados com os mesmos sintomas e em todos, ao se realizar autópsia do tecido cerebral, podia-se observar uma grande diminuição no volume do cérebro – diminuição maior do que aquela que acontece com o envelhecimento normal. Atualmente, com o advento de novas técnicas de investigação diagnóstica, já foi possível identificar também a presença de algumas placas anormais que se depositam no cérebro do doente, impossibilitando a comunicação entre as células cerebrais – os neurônios – e, consequentemente, promovendo a morte das mesmas. Mesmo com todo o avanço nas pesquisas dessa área, até hoje, a única forma de se garantir o diagnóstico da doença é após o óbito do paciente, com a autópsia do tecido cerebral, mas alguns exames ajudam no diagnóstico, como uma ressonância magnética do cérebro (para constatar a redução do volume cerebral), a avaliação neuropsicológica e o relato dos familiares a respeito das alterações observadas.

É uma doença crônica (de longa duração), progressiva (os sintomas vão se agravando com o passar do tempo), incurável (existem apenas tratamentos paliativos), que afeta a cognição do portador, ou seja, interfere nos processos básicos relacionados ao pensamento: a memória, a atenção, o julgamento moral, a linguagem, a inteligência, a criatividade, dentre outras instâncias indispensáveis a uma forma de viver com autonomia e independência. Seu aparecimento está diretamente associado com a idade, ou seja, a maior probabilidade de se desenvolver a doença se dá nas pessoas mais idosas, mas há relatos de pessoas mais jovens portadoras da doença. Ainda não se sabe exatamente quais as causas da doença, mas já foi comprovado que há um componente genético e que se manter intelectualmente ativo pode ser um fator de proteção.

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