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 Existe algum caso em que a mentira pode ser considerada algo bom?

Essa é uma pergunta que exige julgamentos morais. Tais questões admitem diversas respostas, dependendo das crenças e valores da pessoa que a responde. Existem alguns exemplos em que mentiras são empregadas para atingir um “bem maior”. Um exemplo disso foi uma operação de inteligência, realizada pelos britânicos durante a Segunda Grande Guerra, com a intenção de desviar a atenção dos alemães sobre o possível local do desembarque aliado, que, efetivamente, ocorreu na Sicília. Especialistas militares avaliam que o êxito dessa operação, totalmente baseada em mentiras, poupou milhares de vidas, tanto das tropas aliadas quanto das tropas alemãs e italianas. Algumas pessoas acreditam que poupar a vida desses soldados é justificativa suficiente para as mentiras que os britânicos entregaram para os alemães. Outros exemplos semelhantes podem ser trazidos. No entanto, como se trata do resultado de julgamentos morais, outras pessoas podem entender que é inadmissível mentir, ainda que para preservar a vida. De fato, é uma decisão pessoal.

 

 

Sergio Senna Pires - CRP 01-9094 - é Psicólogo, Doutor em Psicologia pela UnB e possui diversas especializações na área de educação, segurança pública e políticas públicas. Atualmente é Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados nas áreas de Defesa Nacional e Segurança Pública, realizando também trabalhos sobre Direitos Humanos.

 

Ilustração: Felipe Teixeira

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