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Formas de transmissão e cuidados necessários

Como dito anteriormente, a sarna é causada por um ácaro, o Sarcoptes scabiei, com variante hominis. Além de poder ser transmitida por contato pessoal com doentes, ela pode ser passada por fômites contaminados (roupas de cama, toalhas de banho, vestuários). Ela também é excepcional e sexual, relacionando-se com a promiscuidade.

Para diagnosticar a escabiose, o profissional dermatologista analisa a história familiar de pessoas com os mesmos sintomas, surtos em comunidades, como escolas, albergues, asilos e presídios, além do exame físico realizado por um médico capacitado. A partir daí, uma série de cuidados é repassada, como manter boa higiene, tratar todos os familiares que residam com o paciente, lavar toda a roupa de cama, banho e vestuário, sem que seja necessário ferver.

"É importante manter o doente afastado do contato direto com outras pessoas enquanto estiver tratando. Evitar situações de conglomerados de pessoas, promiscuidade sexual e ter boas práticas de higiene", completa Adriano.

Caso não seja tratada adequadamente, seja com medicação tópica ou oral, a escabiose pode evoluir para piodermites, que são infecções bacterianas instaladas após perda de continuidade da pele pelo trauma promovido pelo ato de coçar, chegando a uma glomerulonefrite, infecção renal causada por essas bactérias.

A sarna norueguesa, condição grave causada pela escabiose que geralmente acomete pessoas com sistema imunológico comprometido, também pode ocorrer, segundo o dermatologista.

 

 

Dr. Adriano Almeida é especializado em dermatologia, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, pós-graduado em medicina estética e professor da pós-graduação da Fundação Pele Saudável. CRM 119415.

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