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Certas condições médicas, como depressão e enxaqueca, também têm ligação com o presenteísmo, pelo fato de essas doenças não serem vistas como motivos legítimos para ausência no trabalho. O presenteísmo pode causar também dores musculares, fadiga, depressão e graves eventos coronarianos; além da exaustão, que, por sua vez, aumenta os episódios de presenteísmo.

Nos serviços de saúde, presenteísmo representa uma preocupação especial por causa da propagação de infecções, por isso medidas de prevenção são tomadas. Porém o professor Dew argumenta que “menos atenção tem sido dada ao presenteísmo e à sua prevenção em outras ocupações.” “O presenteísmo deve ser levado a sério se estamos preocupados com produtividade de saúde ocupacional ou local de trabalho”, diz ele. “Presenteísmo é um fenômeno complexo que precisa ser abordado sob vários níveis diferentes, incluindo a cultura local de trabalho, políticas de trabalho, e com o cuidado de considerar as intervenções de profissionais da saúde.”

O professor sugere ainda que, por exemplo, funcionários de setores mais importantes de uma empresa podem ajudar a desencorajar um maior empenho para o trabalho e assim incentivar os trabalhadores a dar tempo suficiente de recuperação a si mesmos quando estiverem doentes. Ele acrescenta que os funcionários com problemas de saúde devem receber atenção especial para evitar o presenteísmo, porque eles tendem a ter menos recursos para resistir a um impacto negativo. “Diretores de empresas e médicos devem estar sempre atentos para o fato de que, apesar de presenteísmo poder ter alguns efeitos positivos a curto prazo, é suscetível de ser negativo a longo prazo”, conclui.

 

Fonte: British Medical Journal

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