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O que fazer?

Uma prática bastante comum entre amigos e familiares de alguém que perdeu alguém querido é evitar tocar no assunto. Porém, para a Dra. Monica Matos, não há regras daquilo que pode e deve ser feito ou evitado. "Em alguns casos pode ser importante para o enlutado chorar ou falar de sua perda e/ou do morto. Em contrapartida, se ele se recusa a falar do assunto e não chora, pode não haver nenhum problema nisso", afirma.

Quando o sentimento de culpa e revolta toma conta do enlutado, a situação passa a ser um pouco mais difícil de lidar. Em situações como essas, pouco se pode fazer para evitar que esses sentimentos tomem conta, principalmente quando a relação com o falecido era marcada por sentimentos conflituosos. "Nesses casos é importante refletir sobre o que de concreto pode levar o enlutado a justificar esses seus sentimentos e ajudá-lo a lidar com os limites que todos temos para lidar com as pessoas com quem estabelecemos vínculos e com a nossa impotência diante da morte", diz a psicóloga.

 

 

Monica Maria de Angelis Mota é doutora e mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Psicóloga, especialista em Atendimento Familiar e Psicoterapia Breve pelo Instituto Sedes Sapientiae; pós-graduada em Psicologia da Saúde e Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atuando com os seguintes temas: luto, morte, família, psicoterapia, psicoterapia breve e adolescência.

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