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Que tipos são aconselhados e quais não são?

Com relação aos tipos aconselhados: de forma geral, prefiro sempre indicar o uso do esteviosídeo, por se tratar de uma substância natural, porém muitos não conseguem se adaptar ao gosto residual e acabam optando por outro tipo de adoçante. A sucralose também é uma boa opção, porém é mais cara e não tão facilmente comercializada em algumas cidades menores no Brasil.

É de extrema importância a cautela no uso de edulcorantes que podem contribuir para o aumento da pressão arterial. Recentemente, foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a redução da quantidade máxima dos adoçantes sacarina e ciclamato em bebidas e alimentos, por conterem sódio, o grande vilão da hipertensão.

Essas substâncias são proibidas em alguns países, como no caso da sacarina no Canadá e do ciclamato nos Estados Unidos. No Brasil, o ciclamato é encontrado em vários refrigerantes, como em refrigerantes de cola normal e light, refrigerante de limão zero e diet e guaraná, entre outros. Por isso, é importante conhecer o que está sendo consumido.

Não basta saber as características dos adoçantes, é necessário que as pessoas aprendam a ler e compreender os rótulos dos alimentos, fazendo disso uma prática diária, de forma a identificar os ingredientes contidos no produto.

A ANVISA também aprovou o uso de três novas substâncias no país: a taumatina, o eritritol e o neotam, que devem entrar no mercado, regularmente, a partir do ano que vem.

A moderação no uso dos adoçantes e alimentos ou bebidas que os contenham, no caso daqueles que realmente necessitam da utilização desses produtos, é o que deve estar bem claro. É um erro comum pensar que esses alimentos podem ser consumidos à vontade, só porque são dietéticos. É bom saber que o consumo excessivo de produtos contendo edulcorantes pode provocar diarréia e elevação do açúcar no sangue.

Muitas pessoas não usam açúcar refinado, tampouco adoçante, optando pelo açúcar mascavo ou mel, considerados mais saudáveis, o que é verdade do ponto de vista do benefício nutricional (vitaminas e minerais). Entretanto, eles não são alternativas para o controle de peso, porque têm as mesmas calorias do açúcar comum. Ainda é importante ressaltar que a substituição do açúcar refinado por adoçantes não é sinônimo de alimentação saudável.

Portanto, os edulcorantes podem e devem ser usados no controle de peso e da glicose, desde que sejam ingeridos como parte de um plano alimentar balanceado e com conteúdo calórico adequado para o objetivo de peso do indivíduo.

 


Dra. Denise Machado Mourão é Nutricionista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutoramento na área de controle da ingestão alimentar e alimentos modificados pela UFV/Purdue University.

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