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A rotulagem de alimentos industrializados no Brasil não é ideal. Quem defende a ideia é a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), que em 2009 chegou a elaborar as bases de uma nova norma de rotulagem, referindo-se aos mesmos padrões adotados nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

Apesar de ter determinado que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotasse de imediato uma padronização que privilegiasse o consumidor e a informação, a Ação Civil Pública está atualmente suspensa na Justiça Federal, segundo informações do vice-presidente da ASBAI, Dr. José Carlos Perini.

"Alimentos como crustáceos, clara de ovo e amendoim podem afetar mais do que 1% da população, causando reações anafiláticas graves em alguns indivíduos, podendo levar à morte, e traços desses alimentos não têm destaque na rotulagem", ressalta José, que defende uma melhor rotulagem de alimentos, com informações em linguagem clara e de fácil leitura, a fim de favorecer o consumidor, principalmente o alérgico.

Ainda de acordo com o vice-presidente da ASBAI, embora o país tenha uma extensa regulamentação da rotulagem, ela está desatualizada e não atende ao interesse da população. Já com a nova normatização definida na Ação Pública, a Anvisa seria obrigada a adotar padrões atualizados de informações não só em alimentos industrializados, mas também em cosméticos e medicamentos.

 

Sobre a ASBAI

A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia existe desde 1972. É uma entidade sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

 

Serviço

Site: www.asbai.org.br

twitter: @asbai_alergia

facebook: Asbai alergia

 

Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia

É provável que, ao menos uma vez na vida, todos nós tenhamos uma crise de dor de cabeça. E, embora não seja o tipo de cefaleia mais comum, a enxaqueca provoca enorme impacto na vida produtiva e social dos indivíduos que a desenvolvem cronicamente. E são muitos! Estima-se que cerca de 15% das pessoas sofrem com crises fortes, geralmente, de um lado da cabeça, muitas vezes associadas a náusea, vômito e uma diminuição importante do limiar para estímulos sonoros, visuais e olfativos.

Em relação à causa da enxaqueca, como ocorre com diversas outras doenças neurológicas, sabemos que existe uma interação entre diversos fatores, dentre eles: ambientais, hormonais e genéticos. E, justamente do ponto de vista da genética, conseguimos recentemente um grande avanço. Afinal, aquelas pessoas que têm enxaqueca sabem como é comum indivíduos da mesma família e de gerações diferentes também se queixarem do mesmo problema: as terríveis dores latejantes!

O estudo foi publicado em uma revista translacional de ciência (usamos o termo "translacional" toda vez que o estudo une as duas pontas principais da pesquisa, ou seja, experimentos em seres humanos e em animais de laboratório, testando a hipótese científica de maneira muito mais consistente).

Os pesquisadores do departamento de Neurologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, primeiramente, estudaram duas famílias diferentes com história familiar de enxaqueca e descobriram um gene que codifica uma enzima, conhecida por caseína-quinase, do inglês, casein-kinase.

Na sequência do experimento, os pesquisadores conseguiram desenvolver camundongos de laboratório portadores desse gene alterado (com a mutação). O resultado, muito interessante, foi demonstrar que esses camundongos eram muito mais sensíveis a estímulos dolorosos e tinham alterações neurofisiológicas e neuroquímicas que podem justificar parte dos sintomas que alguns pacientes com enxaqueca experimentam, por exemplo, o que chamamos de "aura" – normalmente um ponto luminoso, brilhos ou luzes que duram cerca de 10 a 20 minutos e ocorrem antes da crise de enxaqueca propriamente dita.

Em resumo, estamos cada vez mais perto de entender a fundo este complexo – porém muito comum – problema que aflige milhões de brasileiros, a enxaqueca. E, mais uma vez, nunca é tarde lembrar que a automedicação não deve ser encorajada, que existe uma centena de outros tipos de dor de cabeça e, portanto, a opinião de um médico especialista deverá ser consultada sempre.

 

Dr. André Felício, neurologista, doutor em ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e pós-doutor pela University of British Columbia, no Canadá (CRM 109665)

O Ministério da Saúde lançou na sexta-feira, 14 de junho, dia em que foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, a nova campanha de incentivo à doação. Neste ano a mobilização é direcionada aos jovens entre 16 e 29 anos, principalmente os que vivem nas capitais onde serão realizados os jogos da Copa das Confederações – Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador. Durante eventos de grande massa e feriados prolongados, a demanda por transfusão aumenta, em média, 15%.

Com o slogan "Seja para quem for, seja doador", a campanha visa aumentar os estoques de sangue dos hemocentros durante os jogos da Copa, além de antecipar a possibilidade de baixa de doações no período de férias escolares no mês de julho. Os materiais incluem vídeo publicitário, spot de rádio, 30 mil cartazes e 1 milhão de folders, além de mobiliário urbano e peças de internet. Nas redes sociais, a mobilização será feita pela #doesangue.

Atualmente, apenas 2% da população brasileira (3,6 milhões de pessoas) tem o hábito de doar sangue. Com isso, a coleta chega a 3,6 milhões de bolsas por ano no Brasil. Embora esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo federal trabalha para chegar ao índice de 3% da população (5,8 milhões de pessoas). A expectativa é, até 2014, ampliar em 2 milhões o número de doadores de sangue no período de um ano.

PARCERIA - A maior parte (64,2%) das doações no Brasil ocorre de forma espontânea. Do total de pessoas que procuram os hemocentros, 64,8% são doadores do sexo masculino e 35,1% são do sexo feminino. A faixa etária que mais realiza doações vai de 18 a 29 anos (41,3%). As demais faixas, acima dos 29 anos, respondem por 58,6% das doações.

O Ministério da Saúde tem usado o futebol como mote para atrair mais doadores jovens desde o início do ano. Em abril, foi firmada uma parceria com times de futebol para incentivar a doação de sangue entre os torcedores. Os times entraram em campo com faixas de estímulo à doação e vídeos com jogadores e técnicos foram divulgados na internet. Cerca de 30 times brasileiros aderiram à mobilização.

Quem pode doar?

- Quem tem peso acima de 50 kg;

- Quem tem entre 18 e 67 anos (podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade de 16 e 17 anos, com o consentimento formal do responsável legal).

 

Quem não pode doar?

- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade;

- Mulheres grávidas ou amamentando;

- Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, hepatite, sífilis e doença de Chagas;

- Usuários de drogas;

- Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.

 

Pré-requisitos para doar sangue

Levar documento com foto, válido em todo o território nacional;

Nunca doar sangue em jejum;

Fazer repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação;

Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;

Evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação;

Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas antecedentes à doação;

Interromper as atividades nas 12 horas antecedentes à doação as pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar paraquedismo ou mergulho.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Pesquisadores da Argentina e de Cuba desenvolveram uma vacina que é eficaz no combate ao câncer de pulmão. O medicamento, resultado de 18 anos de pesquisa, começa a ser comercializado na Argentina em julho e laboratórios de 25 países, entre eles o Brasil, estão interessados em obter a licença de fabricação.

"A vacina reativa o sistema imunológico do paciente, para que ele possa criar anticorpos contra as células cancerígenas", explicou o médico Daniel Alonso, um dos pesquisadores argentinos. "Não substitui tratamentos existentes, como quimioterapia ou radioterapia. Mas contribui para aumentar a sobrevida do paciente", disse.

O pesquisador comenta que a maioria dos pacientes só descobre que tem a doença quando ela já está em estágio avançado. Como os tumores são provocados por células do próprio organismo, que sofreram mutação, o sistema imunológico não detecta um corpo estranho e, portanto, não reage. Os médicos usam quimioterapia e radioterapia para matar as células cancerígenas, mas os dois tratamentos também destroem outros tecidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de pulmão é um dos mais agressivos e mata 1,38 milhão de pessoas por ano no mundo.

 

Fonte: Agência Brasil

Um encontro realizado na última segunda-feira (10) em Lisboa entre o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e o de Portugal, Paulo Macedo, discutiu medidas para atrair médicos portugueses ao território brasileiro. Na reunião, entrou em pauta o reconhecimento mútuo dos diplomas de medicina, em uma ação que visa a redução do déficit de médicos no Brasil.

Previsto no Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta dos dois países, em vigor desde 2000, o mecanismo não contava ainda com o envolvimento direto dos Ministérios da Saúde, que devem selar o acordo sobre o assunto ainda nesta semana. A alternativa já é adotada em outros países com similaridade na língua, o que facilita o intercâmbio de profissionais, como é o caso dos Estados Unidos e do Canadá, além de outros países da União Europeia.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem atualmente 1,8 médico para cada mil habitantes, índice abaixo de outros países latino-americanos, como a Argentina (3,2) e o México (2). Para atingir a média de 2,7 médicos para mil habitantes, como ocorre na Inglaterra, o país precisaria de no mínimo mais 168.424 novos profissionais, um número que ampliaria consideravelmente o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos últimos dez anos, o número de empregos formais criados para médicos no Brasil chega a 147 mil, enquanto se graduaram 93 mil profissionais. Para o ministério, a essa carência de médicos deve-se somar também a perspectiva de contratação de 35.073 médicos para trabalhar nas unidades públicas, que serão construídas até 2014.

 

Outras medidas governamentais

Para atrair médicos para as periferias e cidades do interior do Brasil, o governo federal tem investido na ampliação de vagas de graduação em medicina nessas regiões. Até 2014, estão previstas 2.415 novas vagas, além de outras medidas, como o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que visa levar médicos para as regiões com maior dificuldade na contratação de profissionais.

O Provab consiste em uma iniciativa que oferece aos médicos uma bolsa de 8 mil reais, especialização em Saúde da Família, atividade supervisionada e pontuação adicional de 10% nas provas de residência para aqueles que forem bem avaliados. Além disso, o governo tem procurado investir em infraestrutura, ao abrir linhas de financiamento de até 1,6 bilhão de reais para reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 

Fonte: Ministério da Saúde

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