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Após a alta hospitalar, deve-se ter alguns cuidados especiais, como curativos diários para manter a ferida cirúrgica limpa e seca, evitar movimentos bruscos com o braço do lado que estiver implantado o marca-passo, evitar esforços físicos e dirigir veículos automotivos. "Esse período de recuperação deverá ser determinado pelo médico e pode variar conforme as condições clínicas de cada paciente, que, em geral, é de 30 a 90 dias", diz ele.

Como qualquer cirurgia, o implante de marca-passo pode ter complicações durante o ato cirúrgico e também no acompanhamento ambulatorial. Felizmente, quando o procedimento é realizado por médicos com treinamento e experiência, o índice de complicações é muito raro.

Todo portador de marca-passo necessita de acompanhamento com médico especialista, que realizará avaliações periódicas (geralmente a cada 6 meses) para ajustes eletrônicos e verificação do funcionamento do aparelho. "O paciente precisa conhecer e evitar os fatores externos que possam gerar interferências eletromagnéticas capazes de afetar o funcionamento do marca-passo. Seguindo esses cuidados, pode-se levar uma vida praticamente normal", explica o cardiologista.

Normalmente, a duração da bateria é de no mínimo 5 anos e vários fatores podem influenciar o prolongamento desse tempo, como o tipo de doença, a qualidade do implante realizado, o grau da dependência que o paciente possui do marca-passo, bem como dos ajustes em que o médico realiza nas avaliações periódicas do dispositivo.

O desgaste da bateria pode ser facilmente previsto e identificado durante as avaliações eletrônicas periódicas. "Quando isso ocorre, deve-se programar a troca do gerador de marca-passo, sendo necessária uma nova intervenção cirúrgica", diz Ricardo.

As avaliações são realizadas com equipamentos específicos chamados de programadores de marca-passo, que se comunicam com o dispositivo via ondas de rádio. "Essas avaliações são feitas por médicos especialistas, que normalmente as realizam durante a internação, 30 dias após o implante e depois a cada 6 meses", finaliza o especialista.

 

Dr. Ricardo Kuniyoshi é cardiologista e membro da SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas). Doutor em Cardiologia pelo InCor-FMUSP com tese defendida na área da Estimulação Cardíaca Artificial. Especialista em Eletrofisiologia Intervencionista e Arritmias Cardíacas pelo InCor – FMUSP. Coordenador Nacional do Programa de Educação Continuada da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).Responsável pelo Serviço de Arritmias Cardíacas do Centrocor – Vitória – ES. Diretor-Presidente da MedRitmo – Vitória – ES.

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