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E como podemos classificar a neuropatia diabética?
As várias formas de classificação da neuropatia diabética podem ser divididas em três grandes categorias:
Polineuropatia periférica simétrica - quando há envolvimento de nervos periféricos múltiplos de forma simétrica.
Mononeuropatia ou mononeurite múltipla - quando há envolvimento de vários troncos nervosos específicos.
Neuropatia autonômica - quando há envolvimento do sistema nervoso autônomo.
A forma mais comum de neuropatia diabética é a polineuropatia periférica simétrica.
Outras formas de classificação da neuropatia diabética (ND):
a) SUBCLÍNICA: não apresenta nenhum sintoma e é a forma mais comum. É muito importante ressaltar que esse tipo de ND somente pode ser descoberto através de exames clínicos (por exemplo, exame neurológico e testes de neurofisiologia ou de análise da variabilidade da frequência cardíaca – VFC – por eletrocardiografia computadorizada);
b) CLÍNICA: apresenta alguma manifestação como câimbras ou dores nos pés.
Conforme a localização anatômica, as neuropatias podem ser:
a) Difusas: quando há um acometimento generalizado ou sistêmico de todos os nervos periféricos. A neuropatia difusa é também conhecida como polineuropatia (PNP) clássica, que é, de longe, a forma mais comum. Essa neurite sempre começa pelos dedos dos pés e, após alguns anos, acomete também pernas, coxas e finalmente (após 10 anos de evolução) as mãos. Caracteristicamente acomete os dois lados do corpo;
b) Focais ou Multifocais: quando a lesão está confinada à distribuição de um único ou de vários nervos periféricos isolados.
Por exemplo, a chamada síndrome do túnel do carpo, que acomete uma das mãos e a pessoa costuma acordar à noite com os dedos das mãos formigando.
Não é raro que pessoas apresentem mais de um tipo de neuropatia.
A neuropatia diabética se inicia justamente por fibras (nervos) que, além de estarem espalhadas por todo o corpo, são as responsáveis por processos vitais e automáticos do nosso organismo. Por exemplo, a função sexual, a produção do suor, a eliminação da urina pela bexiga, a deglutição, a respiração e o próprio coração (pulso ou batimento cardíaco e pressão arterial). Como essas fibras estão interligadas, a neuropatia pode se espalhar, manifestando-se de diferentes formas, conforme seja a característica da área do corpo afetada.