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Há formas de prevenir a ITU?

Sim. Manter aporte hídrico, hábitos alimentares, urinários e intestinais adequados é essencial para tratar a infecção urinária e evitar novos surtos, além da boa aderência ao tratamento indicado pelo médico.

Recomenda-se ingerir aproximadamente 30 ml/kg/dia de água, chá e sucos naturais (evitar refrigerantes e sucos artificiais). O café da manhã deve estar presente diariamente, incluindo frutas, verduras e outras fontes de fibras nas refeições.

O hábito urinário diurno é resultado de aprendizado, devendo-se orientar micções: ao acordar, durante o dia a cada 3h-4h e ao se deitar. As meninas devem urinar sempre sentadas, com os pés apoiados (colocar, se necessário, um apoio para os pés), para que relaxem a musculatura perineal, permitindo o esvaziamento completo da bexiga.

O hábito intestinal também é resultado de aprendizado e de boa alimentação. Em geral, é diário, pastoso e realizado sem esforço, sem catarro, gordura (fezes que boiam) ou sangue.

A orientação de boa higiene perineal pode evitar erros no diagnóstico da infecção urinária, “falsa infecção urinária”. A dúvida diagnóstica ocorre porque a inflamação perineal (vulvovaginites, balanopostites ou dermatites de diversas causas) pode causar sintomas urinários, presentes em 30 a 50% dos pacientes. Quando a infecção ocorre com muita frequência (infecção urinária de repetição), apesar dessas medidas, podemos indicar, individualmente: antibioticoterapia profilática, frutas berry (camberry), pré ou probióticos (lactobacilos), lavagem vesical, etc., porém os resultados ainda são controversos.

 

É possível realizar tratamento?

A infecção urinária, na maioria dos casos, é resultado de contaminação domiciliar (por uma bactéria comunitária) e não complicada (sem associação com malformações, cálculos, cateteres, etc.), sendo, portanto, sensível a grande número de antibióticos. A melhora dos sintomas, com desaparecimento da febre, ocorre em aproximadamente 48h a 72h após o início de terapêutica adequada. Sempre que possível indicamos antibióticos por via oral, melhorando a aderência ao tratamento.

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