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Felizmente, a maioria das pessoas que tem enxaqueca apresenta crises mensais ou até menos do que isso. Quando as crises atingem uma frequência maior ou igual a três vezes por mês, ou uma frequência até menor, mas sem resposta satisfatória aos analgésicos, um tratamento profilático é indicado. Esse tratamento é feito através do uso diário de uma medicação, independente da presença de dor e por um período de pelo menos seis meses. 

Um tratamento de sucesso é aquele que consegue reduzir a intensidade e frequência das crises em pelo menos 75%. Pode-se perceber que a meta não é a cura, pois, mesmo após o sucesso do tratamento, a pessoa pode continuar a apresentar crises esporádicas, especialmente quando enfrenta situações que já são reconhecidas como precipitantes de crises. Essas situações são muito individuais e, por isso, listas de proibições rígidas podem ser mais penosas do que benéficas ao paciente.
Enxaqueca não se cura, mas pode ser controlada. Parando para pensar, quais são as condições clínicas que realmente podem ser curadas? Talvez você não consiga enumerar mais exemplos do que o número de dedos que tem na sua mão.

 

 

Dr. Ricardo Teixeira – CRM/DF 12050 – é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp. Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília e é o autor do blog "ConsCiência no Dia a Dia".

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