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Quais são os sintomas?

O período de incubaçãodo viral é de 1 a 26 dias (média 7 dias). Grande parte das infecções são assintomáticas. Quando sintomática, no início aparecem lesões do tipo pápulas ou vesículas (bolhas) pequenas múltiplas que coalescem em lesões ulcerativas após 5 dias, formando uma crosta seca em 10 a 15 dias.

É importante saber que as lesões são muito infecciosas. A resolução ocorre espontaneamente em cerca de 2 semanas, com cicatrização sem produção de escara ou cicatriz. As lesões são dolorosas e podem ser acompanhadas de febre, mialgia e adenite inguinal, principalmente no primeiro episódio sintomático. Após infecção inicial o vírus permanece inativo nos gânglios sacrais (S2 a S4) e dorsais da medula espinhal. Os episódios recorrentes, ou seja, as lesões que possam reaparecer, normalmente duram menos tempo e são menos graves que o inicial, podendo ocorrer a cada 2 a 3 semanas ou apenas 2 ou 3 vezes ao ano.

Nos homens, pode acometer principalmente a glande ou corpo do pênis. Nas mulheres, vulva, vagina, cérvix, períneo e face interna da coxa. O acometimento cervical é assintomático, o vaginal causa ardor e prurido inespecífico, enquanto que o vulvoperianal leva às lesões bem características e de fácil diagnóstico.

 

O herpes pode acarretar outras doenças? Quais?

Sim. O HSV 1, que mais comumente causa infecções acima da cintura, pode também levar a encefalite, ceratoconjuntivite, lesões orais como gengivoestomatite e amigdalite, faringite, esofagite, traqueobronquite e infecção no osso xifóide. Já o HSV 2, que causa infecções principalmente abaixo da cintura, pode levar a meningite, herpes oral, faringite e herpes perianal.

Tanto o HSV 1 quanto o 2 podem causar paroníquea, cujas lesões aparecem nas pontas dos dedos de crianças, com herpes oral ou labial que sugam os dedos por auto-contaminação ao tocar as lesões, e em profissionais da saúde.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico normalmente é clínico, ou seja, o próprio médico dá o diagnóstico com base na presença das lesões, que são muito típicas. O exame de papanicolaou, normalmente utilizado para prevenção do câncer de colo uterino, pode diagnosticar também herpes, desde que o material seja coletado direto das lesões. Pode ser feito ainda uma sorologia e a reação em cadeia da polimerase (PCR).

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