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A especialista em transtornos alimentares Luciana Kotaka explica que a bulimia nervosa se caracteriza pela ingestão exacerbada de comida em um curto período de tempo. A pessoa ingere cerca de 2 mil a 5 mil calorias em cada episódio, vindo acompanhado pela sensação de completa perda de controle, com sentimentos de culpa e vergonha. "Na grande maioria das vezes, esse episódio vem acompanhado de métodos compensatórios de purgação, como: vômitos autoinduzidos, laxantes ou diuréticos, enemas, exercícios físicos extenuantes e jejuns prolongados", explica a especialista.

Segundo ela, um fator que dispara e mantém esses episódios de voracidade são os períodos de jejum prolongados ou dieta muito restritiva, gerando uma perda de controle, recomeçando a comilança. "Toda dieta é contraproducente e pode levar ao transtorno alimentar, como a bulimia nervosa. A predisposição genética, a valorização intensa da mídia do corpo magro como ideal de beleza, a pressão social e familiar podem influenciar ainda mais", diz. Vale lembrar que os transtornos alimentares não acontecem abruptamente, mas vão se desenvolvendo ao longo dos anos, desde ocorrências que marcam as primeiras etapas de vida, como vivências posteriores em relação à alimentação, a vivência em relação ao seu corpo, entre outros fatores que compõem a história pessoal de cada indivíduo.

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