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A retinóloga Andréa Veloso explica que a retinopatia diabética, nome dado à complicação nos olhos, é a principal causa de cegueira evitável na população economicamente ativa de países desenvolvidos. Segundo ela, dois fatores são essenciais: o tempo de doença e a taxa glicêmica. "A taxa glicêmica é muito bem avaliada pelos níveis de Hemoglobina glicada (A1C). O ideal é que esta permaneça em níveis inferiores a 7%. O tempo de doença, por sua vez, significa uma maior exposição do olho às elevadas taxas e maior stress oxidativo (formação de radicais livres)", diz ela.

Assim sendo, a retinopatia diabética não é senão uma resposta do olho frente à hiperglicemia crônica e ao tempo de doença. Tal estado é caracterizado por uma hipóxia (falta de oxigênio) relativa, liberando na retina fatores que estimulam a formação de neovasos, ou "novos vasos", que, sendo finos e frágeis, são incompetentes, podendo romper-se. Está formado um círculo vicioso que, se diagnosticado a tempo, pode ser atenuado.

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