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Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do leiomioma uterino é realizado pela associação de dados da anamnese, exame físico geral e ginecológico e achados de imagem. Deve-se destacar alguns diagnósticos diferenciais, como endometriose, adenomiose, carcinoma de endométrio e hemorragia uterina disfuncional (HUD), que podem inclusive se apresentar na concomitância do mioma do útero, dificultando o seu diagnóstico.

A indicação e a correta interpretação dos exames de imagem para a complementação do diagnóstico de mioma uterino são importantes para a adequada programação terapêutica do caso. Por esse motivo, os exames de imagem devem ter a sua indicação individualizada, levando-se em consideração o quadro clínico, a idade, a paridade, bem como o desejo reprodutivo da paciente.

A ultrassonografia pélvica e transvaginal é o exame de imagem mais utilizado na investigação de casos com suspeita clínica de leiomioma uterino. Sua difundida aplicação e baixo custo permitem sua execução em larga escala. Na interpretação de seus resultados é fundamental considerar-se a fase do ciclo menstrual em que o exame foi realizado, bem como a limitação desse método para úteros volumosos.

A histerossalpingografia tem papel reduzido na complementação do diagnóstico de mioma uterino, devendo ser solicitada apenas para avaliação da permeabilidade tubária e distorção da cavidade em pacientes com quadro de infertilidade associado.

A histerossonografia é utilizada na complementação da ultrassonografia quando verificada a presença de leiomioma submucoso, com o intuito de definir a condição do tumor em relação à cavidade uterina, se parcialmente ou totalmente submucoso.

A histeroscopia tem a mesma aplicação que a histerossonografia, com melhor oportunidade de se verificar as margens do tumor em relação à cavidade endometrial.

A ressonância nuclear magnética constitui um excelente método para avaliação do útero miomatoso, principalmente nos casos em programação de tratamento conservador. Esse exame permite avaliação detalhada da individualidade dos nódulos, bem como suas relações com as diversas porções uterinas e órgãos anexos, além de adequada estimativa do volume total do útero.

 

Há mulheres com propensão para desenvolver o mioma?

É o tumor mais comum da pelve feminina. Está presente em 20 - 40% das mulheres em idade reprodutiva e em 50% das mulheres que menstruam até os cinquenta anos. Tem maior incidência entre os 35 e 45 anos.

Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, 30% das mulheres com sessenta anos de idade foram submetidas à histerectomia; destas, 60% tiveram indicação por leiomioma uterino.

É mais prevalente em mulheres da raça negra. A sua ocorrência chega a ser três a nove vezes maior nessa raça, quando comparada à branca, além de ter pico de ocorrência mais precoce.

A ocorrência de uma gestação a termo com filho nascido vivo reduz em 20 a 50% o risco de surgimento de leiomioma uterino. Esse risco tem redução proporcional ao número de gestações bem-sucedidas, chegando a ser 70 a 80% menor em mulheres com 4-5 gestações com sucesso, quando comparado às nulíparas.

O sobrepeso é um fator de risco para desenvolvimento de leiomiomas. As pacientes obesas têm risco 2 a 3 vezes maior que as com índice de massa corpórea adequado.

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