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Há tratamento?

Sim. Os casos agudos e intensos necessitam de internação hospitalar, muitas vezes até em UTI. Nos casos crônicos, o tratamento inicialmente é clínico, baseado em orientações aos pacientes sobre que tipo de situações evitar em seu dia-a-dia, que tipo de hábitos cultivar, orientações à dieta, ao tipo de esforço que pode ou não ser realizado, etc.; além disso, existe a prescrição de medicamentos que visam justamente “desafogar” o coração e a circulação pulmonar. Se necessário, dependendo da gravidade da situação, indica-se a cirurgia. Neste caso, o cirurgião tem várias opções de tratar a válvula que vai desde o reparo (plástica), onde ele preserva a própria válvula mitral do paciente (desde que ela não esteja muito estragada demais), até a troca por uma prótese artificial, que pode ser feita de tecido biológico ou mesmo feita de metal. As próteses artificiais feitas de tecido biológico não necessitam que o paciente tome medicação anticoagulante para o resto da vida, mas duram menos, necessitando por vezes de uma outra cirurgia para a troca daquela primeira prótese; as feitas de metal necessitam que o paciente tome para sempre uma medicação que impede a coagulação do sangue, mas duram por muito mais tempo. Estes assuntos precisam ser bem discutidos entre o médico, o paciente e seus familiares para que não ocorram situações desagradáveis durante o tratamento. Em geral, tanto o tratamento clínico quanto a cirurgia (quando necessária) conferem ao paciente uma boa perspectiva de vida produtiva e com qualidade.

 

 

Dr. José Luiz Dancini é Cirurgião Cardiovascular pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Doutor em Medicina pela USP e autor do livro “Noções Básicas para o Residente em Cirurgia". Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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