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Quais são os sintomas?
A infecção pela leptospira pode ser assintomática ou apresentar sintomas e sinais que variam desde um mal-estar e leve indisposição até quadros mais graves e letais, conhecidos como síndrome de Weil. O quadro leve caracteriza-se por sintomas "gripais", como febre, dores musculares, dor de cabeça, indisposição, enjôo acompanhado ou não de vômitos e por vezes diarréia. Esse quadro geralmente é precedido de dois ou três dias de febre e indisposição, seguido de um intervalo de um a dois dias de melhora e nova piora, durando cerca de uma semana a dez dias. Esse quadro bifásico é conhecido como a forma anictérica da doença, cuja evolução é benigna na maioria das vezes, sem deixar seqüelas.
Os quadros mais graves incluem os sintomas descritos para as formas mais leves e podem se apresentar de várias formas, a saber:
Meningite, cursando com dor de cabeça forte, alteração do nível de consciência, variando desde confusão mental e agitação até coma, rigidez da nuca e sinais de irritação meníngea. Casos mais graves podem ter aumento da pressão intracraniana, manifestado por vômitos em jato, perda da consciência e cefaléia intensa. Podem ocorrer crises convulsivas.
Forma hemorrágica pulmonar anictérica, que se manifesta por febre, hemorragias em pele, mucosas e nas vias respiratórias e pulmões, evoluindo rapidamente para insuficiência respiratória aguda e óbito, se não for prontamente atendida. A ausência de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) por vezes confunde o diagnóstico com outras doenças que também apresentam fenômenos hemorrágicos, como a dengue, malária por Plasmodium falciparum, etc.
Síndrome de Weil: caracteriza-se por febre, icterícia, fenômenos hemorrágicos em pele, trato digestivo e respiratório, insuficiências orgânicas diversas, como falência renal, respiratória, cardíaca, coma e choque. Alguns pacientes apresentam vermelhidão da pele associada à icterícia, gerando uma coloração alaranjada da pele, conhecida como icterícia rubínica.
