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Um estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta, nos Estados Unidos, verificou uma frequência de obesidade entre os casos mais severos da gripe suína.

Esta relação entre a obesidade e o possível agravamento para a gripe suína está sendo questionada. Nos Estados Unidos, parte dos pacientes que apresentaram sintomas mais graves era obesa. Mas um porcentual significativo da população norte-americana tem esse perfil. Em outros países, como Chile, a relação entre obesidade e casos graves não se repetiu.

Por enquanto, o que estudiosos descobriram é que a obesidade é um fator de risco para as complicações clínicas da gripe suína. Isso porque os obesos, mesmo sem ter uma doença estabelecida, costumam ter a ventilação do pulmão prejudicada. Ou seja: a quantidade de ar inspirada é menor do que a inspirada por indivíduos com peso normal. O estudo indicou que, como o vírus H1N1 prefere se instalar nos pulmões, isto está levando a uma maior complicação respiratória nos obesos. Além das complicações respiratórias a obesidade traria algumas doenças associadas como diabetes, hipertensão, triglicerídeos elevados e colesterol alto, que podem afetar o sistema imunológico.

Já a relação entre o diabetes e a gripe suína parece não poder se questionada. O diabético tem mais propensão a se complicar com a bactéria pneumococo, o que agravaria um quadro de pneumonia decorrente da gripe suína. Os diabéticos que usam insulina têm uma resposta imunológica menor e estão, portanto, mais suscetíveis a contrair uma pneumonia.

Também os pacientes corticodependentes estão neste grupo especial. Quem faz uso de corticóides para tratar doenças como reumatismo também tem a imunidade diminuída e tende a ter mais complicações em gripes, especialmente a suína.

 

 

Dr. Mauro Scharf é endocrinologista do Lavoisier/DASA

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