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As causas do bruxismo são consideradas como sendo multifatoriais. Há diferenças, entretanto, entre a patofisiologia do bruxismo diurno e noturno. Apesar de o bruxismo diurno ser inconsciente, ele pode ser desencadeado por atividades parafuncionais que, muitas vezes, podem ser identificadas e evitadas pelo paciente, quando corretamente orientado. Já o bruxismo noturno envolve muitas áreas das ciências biomédicas, e é foco de muitas pesquisas na atualidade, principalmente dirigidas à qualidade do sono. As causas normalmente estariam muito relacionadas a fatores psicológicos, como tensão emocional, agressão reprimida, ansiedade, raiva, medo, frustrações e estresse. A frequência e a severidade do bruxismo podem variar a cada noite, e parecem estar altamente associadas ao estresse emocional e físico.

O bruxismo do sono, presente em 8% da população adulta, é, muito provavelmente, uma manifestação extrema de uma atividade rítmica dos músculos mastigatórios (ARMM), caracterizada por contrações repetitivas dos músculos da mandíbula, que ocorre durante o sono da maioria dos sujeitos normais, e que é observada em 60% das pessoas com sono normal com ausência total de sons decorrentes de ranger os dentes.

 

bruxismo

Ilustração: Kauê T. Freitas

 

Ranger os dentes pode acarretar dor de cabeça, pois apertar os dentes, ou rangê-los em demasia, pode provocar alterações nos músculos mastigatórios e nos músculos cervicais, nas articulações temporomandibulares e causar dores recorrentes em uma ou mais regiões da cabeça e face.

A cefaleia é considerada como tendo uma etiologia por disfunção temporomandibular quando: 1 - pode ser desencadeada por movimentos mandibulares e/ou pela mastigação de alimentos duros ou resistentes; e 2) quando desaparece dentro de três meses e não recorre após tratamento bem-sucedido de uma disfunção da ATM. (11.7) Classificação Internacional das Cefaleias.

Na atualidade, o bruxismo é considerado como uma atividade parafuncional com uma etiologia multifatorial, e o tratamento deve ser dirigido aos fatores etiológicos identificados. A dificuldade, mesmo para os especialistas, em identificá-los com exatidão faz com que o tratamento busque uma melhoria sintomatológica que permita ao paciente uma qualidade de vida aceitável, mais do que uma cura.

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