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E após uma cirurgia ou tratamento bucal, quais cuidados o diabético deve tomar?

Controle dietético, higiene local atenciosa, cuidado para os traumas locais, manter o uso de drogas prescritas pelo seu médico e uso de antibióticos terapêuticos estão entre as regras mais básicas. É importante saber que a qualidade de um pós-operatório de um paciente diabético está intimamente ligada com seu controle do diabetes durantes os meses anteriores à cirurgia.

Assim, tão importantes quanto os cuidados após a cirurgia estão os cuidados meses antes da cirurgia.

 

O profissional deve ter um cuidado maior ao atender um paciente diabético? Que medidas ele deve tomar para não ter complicações no paciente?

Sim, o profissional deve estar especialmente habilitado para o atendimento de pacientes diabéticos. Na odontologia estes doentes são considerados sob a égide dos "pacientes especiais". Assim, o profissional que vai atender esses pacientes deve ser qualificado para esse atendimento. Também o ambiente de trabalho deve ser adequado a esses atendimentos. Os consultórios de atendimento odontológico, sobremaneira quando dos procedimentos cirúrgicos e extrações, devem estar equipados para o tratamento das possíveis intercorrências transoperatórias.

Existem serviços odontológicos hospitalares que se adequaram a esses riscos. As medidas para evitar complicações estão baseadas entre o estadiamento do diabetes e a urgência e invasibilidade do tratamento a ser realizado. Nesse sentido, o risco de se tratar um paciente diabético que vem mostrando controles normais é muito reduzido.

Um paciente diabético controlado se comporta quase que identicamente a um paciente não diabético. Mas isso se aplica aos pacientes rigorosamente controlados após o diagnóstico do diabetes e não àqueles que fizeram seu controle na iminência do ato operatório. Já os pacientes com grandes descontroles e longo tempo de doença correm alto risco de complicações operatórias. Assim, os profissionais devem avaliar a situação sistêmica do paciente a ser tratado em função da urgência e invasão do procedimento a ser realizado.

Procedimentos invasivos (cirurgias) em pacientes descompensados devem somente ser executados em caso de urgência/emergência e em ambientes hospitalares. Nos casos eletivos, os pacientes devem receber atenção médica no sentido de melhorar a situação sistêmica e, ainda, quando controlados, esses pacientes somente devem ser tratados em ambientes com estrutura adequada e por profissionais seguramente habilitados.

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