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Diagnóstico e tratamento

Quando a criança tem a capacidade de controlar bem a urina durante o dia, quando está acordada, mas o mesmo não se repete à noite, enquanto dorme, é porque há algo de errado. Nesse caso, um exame físico abrangente que inclui avaliação psicológica, ingestão de alimentos e líquidos, frequência urinária e volume de urina durante o dia, histórico do sono, entre outros fatores, pode ser extremamente importante no diagnóstico.

Além da avaliação desses fatores, Maria Cristina ressalta que alguns testes podem avaliar outras causas físicas responsáveis pela enurese noturna. "Esses exames são reservados para pacientes nos quais uma anormalidade física ou uma obstrução são suspeitados. O exame de urina é feito para se detectar cistite, infecção do trato urinário (ITU), obstrução uretral, diabetes e outras possíveis causas físicas", reforça.

A fim de proporcionar um tratamento efetivo, a médica destaca ainda a importância de se realizar um trabalho individualizado, levando em conta a maturidade da criança e o nível de tolerância familiar. Outro dado importante é o tratamento precoce, que evita prejuízos maiores à autoestima da criança. "É importante gerenciar a enurese noturna, reduzir o constrangimento da criança e suas ansiedades frente aos familiares. As modificações de comportamento geralmente levam a noites secas dentro de curto período de tempo", conclui.

 

 

Dra. Maria Cristina de Andrade é mestre e doutora em pediatria pela Unifesp/EPM, autora do livro "Nefrologia para Pediatras", especialista em pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com área de atuação em Nefrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Pediatria.

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