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Vale salientar que toda criança deveria passar por uma avaliação médica pediátrica antes de iniciar qualquer atividade física. "Mas os controles gerais anuais pelos quais a criança passa, ou deveria passar, com seu médico pediatra muitas vezes são o suficiente", diz o ortopedista. Porém, não é porque os exercícios são importantes que eles devem ser feitos em excesso. O principal conceito que os pais, professores de educação física, treinadores e outros devem ter em mente é que a criança não é um adulto em miniatura, e que o excesso de atividades físicas desde o início e as cobranças podem tanto afetar a parte emocional da criança como também trazer lesões, antes exclusivas dos adultos, e em alguns casos irreversíveis para essa criança.

Faltam estudos bem conduzidos no Brasil, mas o que eu posso dizer é que nas últimas duas décadas as lesões em crianças e adolescentes abaixo dos 15 anos têm aumentado exponencialmente. Nos EUA aproximadamente 3,5 milhões de crianças abaixo dos 14 anos recebem, por ano, tratamentos ortopédicos decorrentes da prática de atividades esportivas. A incidência de lesões é tão preocupante que foi desenvolvido um programa de conscientização e prevenção de lesões esportivas para as crianças. Esse aumento se deve ao simples fato do início precoce de atividades competitivas em faixas etárias cada vez menores.

 

 

Dr. Moisés Cohen - Professor Titular e Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, Presidente da Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo (ISAKOS) e Diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Portal: www.institutocohen.com.br

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