O tratamento cirúrgico da varicocele, varicocelectomia, pode ser realizado por:

a) Cirurgia aberta com acesso:

Infrainguinal: considerada uma modificação da abordagem inguinal, também permite a ligadura das veias responsáveis pelo refluxo venoso dos sistemas venosos da veia testicular, cremastérica e deferencial, mas com a vantagem do cordão espermático ser abordado no tecido celular subcutâneo abaixo do ânulo inguinal superficial.

As artérias e os vasos linfáticos são de menor calibre, portanto, recomenda-se a utilização de magnificação com lupa cirúrgica ou microscópio. Atualmente, essa via é a recomendada com a utilização de microscópio de microcirurgia para minimizar as possíveis complicações de sangramento intraoperatório, de lesão arterial, de lesão de vasos linfáticos e de persistência pós-operatória de varicocele.

Inguinal: a abordagem do cordão espermático é feita por inguinotomia, com secção da aponeurose, o que leva à recuperação pós-operatória mais prolongada.

Suprainguinal: cirurgia por via retroperitoneal, com abordagem através da parede abdominal lateral, que permite acesso apenas às veias gonadais. Não é possível tratar as veias cremastéricas e as deferenciais.

 

b) Laparoscópica: corresponde à cirurgia suprainguinal, portanto, com as mesmas limitações de acesso apenas às veias gonadais.

 

Tratamento não-cirúrgico da varicocele

a) Embolização: radiologistas intervencionistas ocluem apenas as veias gonadais com balões destacáveis, molas de Gianturco e escleroterapia ou a combinação dessas modalidades.

b) Aparelho para hipotermia testicular: para atuar no mecanismo de hipertermia associado à varicocele, um aparelho externo com suporte escrotal foi desenvolvido para diminuir a temperatura local em até 2,3ºC. Há baixa aceitação em usar esse tipo de equipamento, devido ao desconforto provocado e também por não tratar a causa da varicocele.

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