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O tratamento dos casos iniciais pode ser feito por cirurgia ou radioterapia exclusiva. Pacientes mais idosos e com doença de evolução mais indolente podem ser mantidos apenas em observação, sem intervenção de qualquer natureza. Diagnosticado em fase inicial e tratado adequadamente, as chances de cura são de virtualmente 100% dos casos. "Vale salientar que o apoio da família durante o tratamento é muito importante. Vínculos afetivos significativos e duradouros são o motivo de uma vida feliz. E ser feliz é bom para todo mundo", diz ele.

Uma das possíveis consequências após o tratamento é a disfunção erétil. O oncologista explica que esse risco ocorre tanto com a cirurgia como com a radioterapia, mas que muitas vezes essa complicação pode ser remediada, com medicamentos ou com a colocação de prótese peniana. "Mas vale a pena lembrar que a taxa de complicações dessa natureza é pequena frente ao enorme benefício do tratamento. A opção de morrer de câncer para não ficar impotente não parece fazer muito sentido", diz Dr. Ricardo.

A infertilidade é uma ocorrência frequente, porém, como a doença acontece de forma crescente a partir dos 45 anos, com pico de incidência aos 65 anos, essa é uma idade em que os homens já estão com a prole definida. Nessa faixa etária esse problema costuma ser desprezível.

A metástase mais comum do câncer de próstata é para os ossos, mas ele pode comprometer outros órgãos como o fígado e os pulmões. Alguns casos já são diagnosticados nessa fase, o que não significa obrigatoriamente um prognóstico ruim. Alguns pacientes com metástases ósseas, tratados adequadamente, podem viver de 10 a 20 anos após o diagnóstico das metástases. "Se você pensar num homem com diagnóstico aos 75 anos de idade, com mais 10 anos ele já estará acima da expectativa média de vida da população em geral, ou seja, pode até ser que ele morra de outra causa, com o câncer de próstata, mas não por causa dele", explica o oncologista.

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