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Como é feito o tratamento desse defeito? Ele é cirúrgico?

O fechamento do defeito – que consiste em um orifício no septo – pode ser realizado de três maneiras: por sutura direta, por sutura de uma membrana ou por implante de uma prótese.

As suturas – direta ou de uma membrana – podem ser realizadas de forma videocirúrgica. Ou seja, um procedimento minimamente invasivo realizado pelo cirurgião, guiado por uma microcâmera de alta definição. Na sutura direta são empregados pontos usuais. Na sutura da membrana é utilizado o pericárdio natural, que pode ser do próprio paciente ou não.

No fechamento com a prótese, o procedimento é realizado pelo cardiologista intervencionista de forma percutânea. Neste caso é utilizado um dispositivo sintético e que, na maioria das vezes, não deve ser recomendado a todos os defeitos.

 

É possível afirmar que a correção do defeito do septo atrial é benéfica em pacientes mais idosos?

Isto pode ser motivo de discussão em alguns casos. Entretanto, vejo que o fechamento do defeito quase sempre é benéfico, mesmo em idosos. Veja bem, o fechamento, além de proteger a circulação pulmonar de um fluxo sanguíneo excessivo, evita a passagem de trombos (coágulos) através do orifício. Em pacientes idosos pode haver a inversão do fluxo pelo orifício, o que contraindicaria o fechamento. O ideal seria o diagnóstico precoce e o planejamento adequado do fechamento em todos os casos.

 

 

Dr. Josué de Castro possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Cirurgia Torácica e Cardiovascular pela Universidade de São Paulo (2005). Foi cirurgião do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em São Paulo, onde fez residência médica, e cirurgião estagiário do Texas Heart Institute em Houston, Texas e do NRW Herzzentrum, em Bad Oyenhausen, Alemanha. Atualmente é professor assistente da Universidade de Fortaleza, cirurgião cardiovascular do Hospital Universitário Walter Cantídio e do Hospital Geral de Fortaleza. Tem experiência na área de cirurgia cardiovascular, com ênfase em videocirurgia cardíaca e cirurgia minimamente invasiva. Filiado ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC – sob o nº 6543. Membro da SBCCV – Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, do CBC – Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da SOBRACIL – Sociedade Brasileira de Videocirurgia.

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