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habilidade social e grau de desenvolvimento biológico de cada criança, que, por sua vez, apresenta dificuldades para nomear, reconhecer e demonstrar seus próprios sentimentos.

Sabemos hoje que a idade de uma criança e o grau de desenvolvimento psíquico exercem papel importante nos sintomas e manifestações clínicas da depressão. Assim, nos primeiros anos de vida, quando ainda não há a aquisição plena da linguagem verbal, devemos estar atentos à expressão facial e à postura da criança, já que nesse período ela pode não ter condições de relatar seus próprios sentimentos e emoções.

O lactente pode evidenciar retraimento social, desânimo e desinteresse em atividades de lazer, bem como apatia, inapetência e pouca resposta a estímulos sensoriais, como, por exemplo, o abraço. Mas ele pode ser do tipo que chora muito e que é difícil de ser consolado, ou ainda aquela criança nitidamente irritada, agressiva e inquieta, com alternâncias do humor, desde tristeza profunda a momentos de descontrole e raiva, com as chamadas tempestades afetivas. No primeiro ano de vida, a perda de habilidades já adquiridas, como regressão da linguagem, ecolalia e enurese, é frequente. Dos dois aos cinco anos, é comum a dependência excessiva, com ansiedade de separação, pouco controle dos impulsos, irritabilidade ou instabilidade emocional. A partir dos três aos quatro anos, as crianças devem ser entrevistadas face a face, para que se possa obter, com as informações fornecidas pelos pais, um histórico completo e uma definição de diagnóstico confiável.

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