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Reações emocionais:

O tédio, assim como a depressão, pode levar pessoas a terem atitudes impulsivas e às vezes excessivas. Essas reações podem ser consideradas como inadequadas sob o ponto de vista alheio. Os fatos em si não causam respostas emocionais específicas e únicas. As respostas que damos para um sentimento são fruto de aprendizados e principalmente de repetição. Quanto mais vezes fazemos a mesma coisa, maior a chance disso ficar marcado dentro de nós, como se fizesse parte do nosso modo de ser. Portanto, sentir angústia, vazio e falta de interesse pode ser um padrão de resposta já adquirido ao longo dos anos, independente da situação momentânea.

 

Dentro da empresa:

Com esses sentimentos confusos e negativos, o desempenho das atividades profissionais fica limitado e, portanto, estar trabalhando não significa mais estar produzindo e que as atividades estejam rendendo suficientemente. A empresa e o profissional perdem com isso. Tanto no tédio quando na depressão o sentimento marcante é a falta de vontade de realizar atividades rotineiras, e muitas vezes o trabalho é composto de atividades desse tipo. Como nem sempre as pessoas sabem identificar essa sensação, elas se sentem frustradas e não conseguem às vezes entender que a problemática é interna, então, projetam na empresa, no trabalho, nas atividades, nos colegas de profissão e acabam por buscar do lado de fora o que está dentro. A resposta está dentro de cada um e não do lado de fora.

 

Metáfora:

Tem um personagem do Sufismo, chamado Nasrudin, e suas histórias são repletas de ensinamentos. Um dia Nasrudin perde uma chave e fica na porta da sua casa procurando por ela. Um amigo que caminhava naquela rua vê a cena, vai até o Nasrudin e pergunta se ele precisa de ajuda. Nasrudin, então, conta que perdeu a chave e o amigo começa a ajudar. Depois de alguns minutos de procura sem sucesso, o amigo pergunta se Nasrudin tinha certeza de que havia perdido a chave ali. Nasrudin responde categoricamente que não. Não havia perdido a chave ali. A chave foi perdida dentro da casa. O amigo, inconformado, pergunta ao Nasrudin por que ele estava procurando a chave num lugar que ele sabia que não estaria. Nasrudin não titubeia na resposta: “Porque aqui fora é mais fácil para procurar, tem mais claridade, a luz é mais forte”.

 

 

Adriana de Araújo é psicóloga, counselor e executive coach da consultoria Desenvolvimento de Excelência. www.desenvolvimentoexcelencia.com.br. Autora do livro "O Segredo Para Vencer o Medo" - Ed. Universo dos Livros, é apresentadora do programa "O que sabemos sobre nós?", na Clic TV (www.clictv.com.br). 

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