Índice deste artigo:

É sempre importante respeitar a vontade da mulher no instante do parto. Mesmo que o casal tenha realizado um curso de preparação para o parto, tenha treinado e ensaiado esse momento diversas vezes, praticado as massagens e optado por tais ou quais posições, se a mulher, na hora do trabalho de parto, agir de forma estranha, rejeitando qualquer combinação previamente acertada, deve-se entender que isso é normal e precisa ser respeitado. Nessa oportunidade, a parte do cérebro que precisa entrar em ação é a primitiva. Parto é instinto. O estudo ajuda e acalma, mas o instinto fala mais alto muitas vezes. E, nesses casos, tentar impor qualquer restrição ou comportamentos mecânicos e estereotipados só vai atrapalhar o processo — e não é essa a intenção ao se acompanhar um parto.

O objetivo do acompanhamento de parto é fazer a mulher se sentir segura, amada, amparada e (pasmem!) diminuir o uso das anestesias — que se sabe tão prejudiciais aos bebês no momento do nascimento — e até das cesarianas. Quanto mais relaxada a mulher estiver, menos dor sentirá. E novos estudos já provaram que poder olhar para quem se ama tem importante efeito anestésico.

Então, faça valer seus direitos! Toda mulher, independente da assistência recebida (se em hospital particular ou público), tem como um direito, garantido por lei, poder escolher o acompanhante de sua preferência.

Escolha com seu coração e tenha uma boa hora!

 

 


Isane Larrosa Cardoso D'Avila é psicóloga, membro do Association of Prenatal and Perinatal Psychology and Health e da organização internacional La Leche League. É ativista da Parto do Princípio e atua principalmente nos seguintes temas: gestação, parto, pós parto e amamentação. Visite seu blog: http://blogdagestante.zip.net/. 

Publicidade