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Quais as vantagens para mãe e para o bebê?

A grande vantagem do parto na água não é o nascimento em si do bebê. Mas sim o relaxamento muscular profundo e o alívio da dor que a gestante em trabalho de parto sente ao ficar imersa em água morna. Ele acaba sendo um método natural, não farmacológico, de analgesia (controle da dor) durante o trabalho de parto. O Prof. Michel Odent, médico francês pioneiro e uma das maiores experiências em assistir ao parto na água no Ocidente, chama esse alívio da dor de “aquadural” (substituiria a tradicional anestesia peridural no trabalho de parto).

Ocorre uma sensação de bem estar, relaxamento mental e diminuição da ansiedade, com participação ativa da gestante no processo do nascimento. As parturientes relatam uma experiência muito prazerosa após o nascimento dos bebês na água. Além disso, quando a gestante está imersa na água, ela fica num estado agravitacional relativo (gravidade específica da água=1,0; do corpo humano=0,974) e consequentemente não ocorre alterações na circulação do sangue para a placenta e na oxigenação do bebê com as mudanças de posição materna. Isso proporciona uma grande liberdade de movimentação e de posturas que ela pode adotar dentro da banheira. Fora da água, deve-se evitar a posição deitada de costas por diminuir a pressão arterial da mãe e a oxigenação do bebê no momento do nascimento.

Para o bebê, alguns autores relacionam ao parto na água como uma experiência menos traumática para o recém-nascido, proporcionando menor choque térmico, contato pele a pele imediato com a mãe e uma adaptação mais fácil à vida extra-uterina. Esses fatos são baseados mais em teorias e experiências de profissionais que assistem ao parto na água, devido à escassez de trabalhos científicos nessa área.

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