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Como é o tratamento?

O grande problema é a comunicação do fato à mulher e aos familiares. Não existe um tratamento formal, já que a alteração hormonal que leva à amenorreia (falta de regras) pode ser tratada posteriormente, dependendo do caso, e não é um grande problema em si. Já a confirmação da pseudociese é muito traumática. Ela pode ter atitudes extremas, tais como considerar o médico louco ou se considerar louca, ficar muito deprimida, ansiosa, etc., etc. Neste momento vale a pena contar com ajuda de psicólogo/psicoterapeuta e de familiares mais próximos.

 

Como a família deve se portar no apoio a uma mulher diagnosticada com gravidez psicológica?

Penso que a inclusão da família é fundamental, já que a expectativa frustrada de gravidez atinge a todos. A reação dos familiares é que pode variar. E, neste caso, cabe discernir quem está mais tranquilo e tem condições de apoiar a mulher. Já presenciei um caso em que ambos, marido e mulher, custaram a acreditar no diagnóstico médico de pseudociese. Às vezes, a psicoterapia pode ser oferecida aos familiares também.

 

 

Dr. Alexandre Faisal Cury – CRM/SP 51045 – possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, mestrado em Tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, doutorado em Obstetrícia e Ginecologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pelo Núcleo de Epidemiologia do Hospital Universitário. Autor dos livros "Ginecologia Psicossomática", Editora Atheneu, 2007 e "Segredos de Mulher: diálogos entre o ginecologista e o psicanalista", Editora Atheneu, 2010.

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