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O que dizem os estudos

Um estudo coordenado pelo InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo), em 2009, mostrou que os índices de monóxido de carbono (CO), oriundos da fumaça de cigarro em estabelecimentos fechados - bares, restaurantes e casas noturnas - caíram 80% desde que a lei antifumo entrou em vigor na capital paulista, em agosto passado.

“A fumaça do tabaco é a maior fonte de poluição em ambientes fechados. A melhora na qualidade do ar, e portanto na saúde das pessoas são benefícios imediatos advindos de leis antifumo. Há inúmeras pesquisas que revelam redução do número de internações hospitalares por infartos e doenças após 10 meses de vigência de leis antifumo”, diz Adriana.

Ela destaca o estudo do The New England Journal of Medicine, que sugere a redução do número total de hospitalizações por síndrome coronariana aguda depois que a legislação que proíbe o fumo em espaços públicos passou a vigorar na Escócia, no fim de março de 2006.

O número de admissões diminuiu 17%, índice significativamente maior que a taxa encontrada na Inglaterra (4%), no mesmo período, onde ainda não há legislação similar. No período anterior à legislação, a redução das internações havia sido de apenas 3% na Escócia. Houve uma redução de 14% no número de internações entre fumantes, de 19% entre ex-fumantes e de 21% entre pessoas que nunca haviam fumado. A queda maior, de 67%, envolveu não-fumantes. Este estudo demonstra os benefícios para a saúde vindos das leis de espaços livres de fumo, num curto espaço de tempo a partir de sua adoção.

Está comprovado, portanto, que a proibição do fumo em locais fechados melhora a qualidade do ar em ambientes fechados e a saúde das pessoas, além de contribuir para que muitas pessoas parem de fumar.

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