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E como evitar? O oncologista dá algumas dicas:

- Manter boa higiene oral;

- Não fumar;

- Não abusar de bebidas alcoólicas;

- Fazer avaliação odontológica a cada 6 meses. "O odontologista pode inspecionar a gengiva e a cavidade oral em busca de lesões pré-malignas, como as placas esbranquiçadas. Estão em andamento estudos clínicos para avaliar se as vacinas para HPV, utilizadas na prevenção primária do câncer do colo uterino, podem prevenir também o câncer de boca e garganta", diz Ricardo.

O autoexame é importante e muito fácil, basta inspecionar a mucosa de toda a boca, língua e gengivas de frente para um espelho e com boa iluminação. "Mas, como foi dito, nem todas as regiões são facilmente acessíveis à visão, por isso a ajuda de um dentista pode ser muito bem-vinda", diz ele.

Quanto às chances de cura, Ricardo explica que tudo depende da fase em que foi diagnosticado. Podem ser encontradas lesões pré-malignas, e nesse caso a chance de cura é virtualmente de 100%. Nas neoplasias localizadas, sem comprometimento dos linfonodos cervicais (ínguas), as chances de cura ainda são bastante altas.

Os resultados começam a piorar com o comprometimento dos linfonodos. Quanto maior o tumor e quanto mais linfonodos comprometidos, pior será o prognóstico.

E como é feito o tratamento? As lesões pré-malignas podem ser tratadas apenas com a remoção da lesão ou, eventualmente, tratadas com laser. As lesões localizadas, mais iniciais, são tratadas com cirurgia. As lesões localmente avançadas podem precisar de rádio e quimioterapia no pós-operatório, e nos quadros mais avançados a quimioterapia passa a ter um papel mais importante.

 

Dr. Ricardo Caponero - Médico Oncologista da CLINONCO - Clínica de Oncologia Médica, Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Especialização em Oncologia pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e Coinvestigador de Pesquisas Clínicas Nacionais e Internacionais Multicêntricas.

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