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A cada consulta ou tratamento deverá ser feita a inspeção dos pés para ser avaliada a presença de unha encravada, fungos, calos, fissuras, bolhas, úlcera, além de inspecionar os calçados, verificando a presença de pontos de atrito ou pressão plantar excessiva e desgaste irregular. "É possível conseguir bons resultados com uma assistência adequada, e já é possível reduzir em 85% o número de amputação de membros inferiores", diz Cinthia.

O objetivo do podólogo é reduzir as incidências de problemas graves, prevenindo e melhorando a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Pacientes, familiares e cuidadores também devem ser orientados para que façam inspeção frequente dos pés para detecção de lesões antes que se agravem.

O uso de calçados inadequados é outro fator que contribui para a demora na cicatrização das feridas, pois, devido à insensibilidade, o paciente não sente os traumatismos repetidos ou as lesões. "O ideal é o uso de meias de algodão, que permitem uma melhor transpiração e absorção do suor, e é importante que sejam sem costuras e sem elástico para não apertar as pernas, dificultando ainda mais a circulação sanguínea", explica a podóloga.

Hoje existem no mercado calçados próprios para diabéticos. Os mesmos devem ser sem costura interna, caixa alta (para melhor acomodação dos dedos), com palmilhas anti-impacto, e é necessário atenção na hora da compra para não comprar o sapato apenas pelo número, mas principalmente pelo conforto. Uma dica é evitar calçados com solas internas desgastadas e sapatos mal-adaptados (muito apertados ou largos).

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