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Por isso, o correto é tomar antibióticos apenas quando prescritos por médicos, lembrando sempre de completar o esquema terapêutico prescrito, com o intuito de evitar crescimento de bactérias resistentes. "Esta é a razão da obrigatoriedade da venda de medicamentos antibióticos somente com receita médica", diz ele. Segundo o especialista, o controle da venda de medicamentos antibióticos é muito positivo e tem levado à diminuição da automedicação. "No caso das crianças não chamamos de automedicação, pois automedicar-se é medicar a si mesmo, mas os pais devem evitar dar remédio aos filhos sem orientação médica", diz ele.

Outro fator levantado pelo pediatra é que qualquer antibiótico, pela alteração da cavidade oral, pode levar a uma queda de imunidade, com consequente aumento das cáries dentárias.

"As mães devem sempre se lembrar que todo medicamento é potencialmente tóxico. Todo medicamento tem os efeitos desejados e os efeitos colaterais. O pediatra prescreve baseando-se na relação risco-benefício. Se o risco do medicamento (efeitos colaterais) for maior que o benefício do seu tratamento, tal medicação deve ser evitada", finaliza ele.

 

Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro "Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses", é médico formado pela Faculdade de Medicina do ABC. Especializou-se em pediatria na Unifesp/EPM, obtendo em seguida título pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Curso de especialização prática pela General Pediatric Service da University of California - Los Angeles (Ucla). Atuou por quase 30 anos no Pronto-Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo. Hoje atua em seu consultório, a MBA Pediatria.

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