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Estudos recentes sugerem que o convívio com animais de estimação pode ajudar no tratamento de algumas enfermidades. De que forma isso ocorre?

Os animais domésticos podem ajudar no resgate da saúde integral do ser humano, atuando desde o diagnóstico precoce, prevenção e tratamento de doenças, até na fase de reabilitação. Nesse contexto, diversos tipos de câncer podem ser detectados precocemente pelo apurado olfato canino, bem como prevenidas ou evitadas as complicações decorrentes dos quadros de obesidade ou hipertensão. Da mesma forma, enfermidades relacionadas a diversas áreas da saúde também podem ser tratadas, assim como podem guiar indivíduos com deficiências ou auxiliá-los nas tarefas caseiras, a exemplo dos cães-guia, que assistem deficientes visuais graves. Os animais podem ainda alertar seus tutores quando há agravamento das suas condições de saúde, a exemplo dos cães sinalizadores de convulsões ou cães de alerta para diabéticos.

A interação do homem com os animais domésticos atua sobre as esferas física, social, mental e emocional de indivíduos com diferentes condições de saúde, deficiências e faixas de idade. Pesquisas indicam como benefícios gerais da interação homem-animal: redução do estresse e da pressão arterial, combate à depressão, estímulo à realização de atividades físicas, efeito ansiolítico, aumento do limiar da dor, redução do uso de medicamentos, menor frequência de visitas ao médico e tempo de permanência em hospitais, além de melhor adaptação a uma nova rotina de recuperação. Estudo longitudinal desenvolvido na Austrália e na Alemanha indica que indivíduos de todas as idades que têm animais domésticos tendem a ser mais saudáveis e realizar 15% menos visitas aos médicos do que aqueles que não os têm ou deixaram de tê-los.

 

Quais são as pesquisas no Brasil?

Profissionais e pesquisadores brasileiros vêm desenvolvendo estudos que avaliam os potenciais benefícios gerados pela interação homem-animal. Nesse contexto, de forma inovadora, foram apresentados 77 trabalhos com aplicações em diversas áreas da saúde e educação durante o 1º Simpósio Internacional de Atividade, Terapia e Educação Assistida por Animais, realizado no Instituto de Psicologia da USP, em setembro de 2012. Durante o evento, foi enfatizada a necessidade do desenvolvimento de estudos científicos de qualidade, em especial ensaios clínicos randomizados controlados, que avaliem a eficácia das técnicas e métodos terapêuticos que envolvem a interação homem-animal.

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