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Em relação ao tempero, quais devem ser os cuidados? O excesso de sal, por exemplo, pode ser um vilão?

Para a carne vermelha, o tempero mais indicado é o sal grosso, que deve ser acrescentado somente na superfície da carne quando for para a churrasqueira. O tempero antecipado, principalmente na picanha, faz com que as carnes percam o seu "sulco", ou seja, percam água da sua composição para o tempero, o que pode causar o ressecamento das mesmas depois de assadas. Em relação à saúde, o excesso de sal é, sim, um vilão, pois ele é o principal agente no aumento da pressão arterial e retenção de líquido no organismo. Por isso, deve-se ter um cuidado redobrado com o mesmo.

 

O ponto da carne também é polêmico: há quem prefira mal passada, há quem prefira mais bem passada. Como esse preparo da carne pode interferir na nossa saúde?

O ponto da carne, o próprio nome já diz, deve ser ao ponto, ou seja, nem mal nem bem passada. A carne mal passada, por exemplo, pode trazer riscos quanto aos microrganismos, caso a mesma tenha sido mal armazenada ou mal manipulada. Desta forma, mesmo que esse tipo de ponto seja o preferido dos "amantes" de carnes mais suculentas, o consumo da carne mal passada pode gerar um risco de intoxicação alimentar. Já as carnes muito bem passadas são mais ressecadas e de digestão mais dificultada.

 

Depois de assadas, as carnes podem ser conservadas? Qual é a melhor forma de mantê-las?

As carnes assadas podem ser conservadas sob refrigeração ou congeladas. Não é recomendável assar e manter fora da geladeira o dia inteiro. Todos os alimentos cozidos também devem ser mantidos na geladeira ou no congelador, pois sempre existe o risco de contaminação. Uma boa forma de reutilizá-las é num bom arroz carreteiro ou num cozido com legumes.

 

 

Dra. Angélica Aparecida Maurício possui graduação em Nutrição pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (1994), mestrado em Ciência da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (2005) e doutorado em Alimentos e Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Atualmente, é professora da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em análise sensorial. Professora, atuando principalmente nos seguintes temas: análise sensorial, nutrição, alimento, glúten e soja.

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