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“As respostas foram diferentes entre aqueles que gostavam de pimenta vermelha e aqueles que não costumavam consumi-la. Isso sugere que o estímulo só funciona quando é desconhecido. Quando ele torna-se familiar, perde a eficácia. Este dado é novo e requer um estudo mais aprofundado para entender como fazer esta eficácia ser contínua”, explica.

Pesquisas anteriores já haviam descoberto que a capsaicina, componente que deixa as pimentas picantes, pode reduzir a fome e aumentar a energia gasta pelo corpo, queimando calorias. Porém, os dados mostravam diferentes níveis da resposta termogênica (aumento de calor do corpo devido à ingesta de alimentos) entre os participantes. Segundo Mattes, essas variações podem ser explicadas pelo grau de preferência do indivíduo pela pimenta.

O pesquisador afirma que os resultados mostraram que, para obter a redução de apetite, a pimenta vermelha deve ser consumida em sua forma natural, e não em cápsulas, já que é o sabor – a experiência sensorial – que maximiza o processo digestivo.

“A queimação na boca é a responsável por reduzir o apetite. A queima contribui para o aumento da temperatura corporal, gasto energético e controle do apetite”, diz Mattes, que estuda o papel do sabor na alimentação e na digestão. “O sabor trabalha em dois momentos. Primeiro, ele determina a palatabilidade dos alimentos, o que influencia nas escolhas alimentares de cada um. Depois, ele influencia a fisiologia, alterando como você digere a comida e a eficiência com que o corpo absorve os nutrientes”, completa.

 

Fonte: Purdue University

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