Uma pesquisa inédita realizada pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Febrasgo, revelou que as mulheres estão cada vez mais satisfeitas com o método contraceptivo. O Projeto R.O.S.A, Resultados e Opiniões sobre Saúde e Anticoncepcional revelou ainda que as pílulas preferidas das mulheres são aquelas que provocam melhoras da aparência do cabelo, da pele, não engordam e que ainda tem o potencial de manter a libido. A relação da sexualidade com a pílula também foi um ponto importante na pesquisa. Segundo o estudo, uma em cada três brasileiras acredita que o uso da pílula anticoncepcional melhora a satisfação sexual. Vinte e nove por cento das mulheres afirmam que a melhora é na frequência das relações com seus parceiros durante o uso da pílula. Segundo o ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, alguns efeitos positivos da pílula fazem com que as mulheres se sintam mais seguras e bonitas.
"De um modo geral a vida sexual inclusive aumentava a partir do uso da pílula, por que se garantia uma contracepção efetiva ao mesmo tempo que ela tinha efeitos secundários positivos sobre a auto-imagem, sobre o humor depressivo, e não dando efeitos colaterais, como dor de cabeça, cólica menstrual, irritabilidade na mama, e ela acaba realmente querendo mais sexo, mas não é que a pílula aumente o desejo."
Mesmo com tantos benefícios, o ginecologista Gerson Lopes alerta que para a relação sexual ser ainda melhor, além da pílula é preciso também mais segurança.
"Uma sexualidade segura e prazerosa. No sentido de segurança, a gente tem que defender sempre nas indicações precisas a dupla prevenção. Preservativo, visando a prevenção de DST e Aids, e a pílula no caso se for indicada a prevenção de gravidez. Não podemos contentar somente com pílula, em situações específicas, ou contentar apenas com preservativos."
A pesquisa foi realizada em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. Foram ouvidas quinhentas usuárias da pílula anticoncepcional. Nesses estados, oitenta e seis por cento das entrevistadas afirmaram que não pretendem parar de usar a pílula. Setenta por cento afirmaram não ter intenção de mudar de método contraceptivo e outros setenta e dois por cento afirmaram ouvir mais comentários positivos do que negativos sobre a pílula.
Reportagem de Suely Frota - Ministério da Saúde
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