 Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, realizada pela engenheira de alimentos Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual, revelou que o teor de compostos bioativos no arroz integral diminui quando ele é cozido. Isso acontece pelo fato do nível dessas substâncias ser instável frente a tratamentos térmicos. Com isso, a quantidade de vitamina E no arroz integral cozido é quase duas vezes e meia menor em relação à observada no arroz cru. Os valores encontrados no arroz integral parboilizado (parcialmente fervido) são ainda menores. Nele, após o cozimento, restam apenas 2,3 miligramas (mg) de vitamina E por quilograma de arroz, ante 16,4 mg presentes no arroz integral cru.
Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, realizada pela engenheira de alimentos Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual, revelou que o teor de compostos bioativos no arroz integral diminui quando ele é cozido. Isso acontece pelo fato do nível dessas substâncias ser instável frente a tratamentos térmicos. Com isso, a quantidade de vitamina E no arroz integral cozido é quase duas vezes e meia menor em relação à observada no arroz cru. Os valores encontrados no arroz integral parboilizado (parcialmente fervido) são ainda menores. Nele, após o cozimento, restam apenas 2,3 miligramas (mg) de vitamina E por quilograma de arroz, ante 16,4 mg presentes no arroz integral cru.
Pesquisa
Para realizar a pesquisa, foram analisadas três amostras de arroz integral e parboilizado integral, de mesma marca e mesmo prazo de validade. O cozimento durou 30 minutos e foi feito em condições caseiras.
O processo de beneficiamento conhecido por parboilização consiste em pegar o arroz ainda com sua casca e deixá-lo em água quente (65oC) de cinco a sete horas. Depois ele é aquecido até aproximadamente 110oC, seco em estufa e, por fim, descascado. A vantagem do processo, ainda que com isso a perda de vitamina E seja alta, é o aumento do valor nutricional – devido à migração de vitaminas hidrossolúveis e minerais do farelo para o centro do grão –, do rendimento industrial, do prazo de validade e da melhora de qualidade do cozimento.
Porém, de acordo com Cristina, não há outra forma de comermos arroz que não seja por meio de seu cozimento. Por outro lado, o gama orizanol, capaz de reduzir o colesterol e com indícios de ajudar na redução de tumores, mostrou-se bem mais estável frente a tratamentos térmicos e manteve, após o cozimento, mais de 90% de sua concentração em relação ao arroz cru.
Brasileiro está comendo menos arroz e feijão
Dados do suplemento Aquisição Domiciliar per Capita, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgados em dezembro de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que o brasileiro está comprando menos arroz e feijão. A aquisição média anual per capita desses produtos, tradicionais na alimentação nacional, teve queda entre os anos de 2003 e 2009. O indicador mede a quantidade de um produto adquirido em um ano por uma família, dividida pelo número de pessoas que a compõem. O arroz caiu 40,5%, tendo passado da média de 24,5 para 14,6 quilos por pessoa ao longo de um ano. Já o feijão teve redução de 26,4%, passando de 12,4 para 9,1 quilos. A aquisição de açúcar refinado também diminuiu 48,3% (de 6,1 para 3,2 quilos) no período.
O levantamento revela ainda que o arroz e o feijão também perderam participação relativa entre os itens tradicionais na composição do total médio diário de calorias consumido pelo brasileiro. No caso do arroz, a contribuição passou de 17,4% para 16,2%; já o feijão reduziu sua participação no prato do brasileiro de 6,6% para 5,4%. O mesmo movimento foi observado na farinha de mandioca (de 4,9% para 3,9%). Por outro lado, aumentou a proporção de comidas industrializadas, como pães (de 5,7% para 6,4%), embutidos (de 1,78% para 2,2%), biscoitos (de 3,1% para 3,4%), refrigerantes (de 1,5% para 1,8%) e refeições prontas (de 3,3% para 4,6%).
Com informações do jornal DCI e da Agência USP de Notícias
 
                        