O Ministério da Saúde vai incorporar ao SUS (Sistema Único de Saúde) mais seis medicamentos para pacientes que sofrem com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). São eles: budesonida, beclometasona (corticoides inalatórios), fenoterol, salbutamol, formoterol e salmeterol (broncodilatadores).
Atualmente, alguns deles já estão disponíveis no SUS, mas para outras finalidades, como o tratamento da asma. O SUS tem até 180 dias decorrentes do dia da publicação da portaria (prevista para hoje – 26 de setembro) , para começar a ofertar os produtos à população.
Outros cuidados para tratar a doença também serão incluídos, como a vacina contra a influenza, a oxigenoterapia domiciliar e os exames diagnósticos para deficiência de Alfa-1 (caracterizada por níveis muito baixos no sangue ou inexistentes de uma proteína produzida pelo fígado). A DPOC é uma doença frequente, que afeta boa parcela dos brasileiros. A medida permitirá a melhora na qualidade de vida dos pacientes, além de contribuir para a economia nas finanças das famílias", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A DPOC está relacionada ao tabagismo e à exposição passiva ao fumo, à poeira e à poluição. Ela causa falta de ar, fadiga muscular e insuficiência respiratória. Sendo mais comum em adultos acima de 40 anos, ela é considerada como uma das principais causas de mortalidade no país.
ESTIMATIVAS - No Brasil, estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas tenham a doença. Em 2010, foram 116.680 mil internações por DPOC no Brasil, que custaram ao Ministério da Saúde R$ 83,6 milhões. Em 2011, o número de internações subiu para 116.707, custando R$ 87,1 milhões aos cofres públicos. Até julho deste ano, já são 57.881 registros de internações, que custaram ao governo R$ 45,1 milhões. O número de mortes vem aumentando nos últimos anos. Em cinco anos, cresceu 12%, passando de 33.616 em 2005 para 37.592 em 2010.
PROTOCOLO - Com o objetivo de melhorar a assistência médica e farmacêutica no tratamento da doença, o Ministério da Saúde está elaborando um protocolo clínico para a DPOC. Ele irá estabelecer critérios de diagnósticos de doenças, de análises de tratamentos com os medicamentos e doses adequadas, criar mecanismos para o monitoramento clínico quanto à efetividade do tratamento e supervisão de possíveis efeitos adversos e para a garantia da prescrição segura e eficaz.
O documento já passou por consulta pública e, após contribuições, será publicada portaria para criação do protocolo.
Fonte: Ministério da Saúde