Um monitoramento feito pelo Ministério da Saúde, em conjunto com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou na última semana que o número de internações entre idosos caiu 70% após adesão a programas de envelhecimento saudável, elaborados por operadoras de planos de saúde.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apresentou os dados ao lado do diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin, a queda do número de internações é um dos resultados do Programa para Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doença (Promoprev), que completou recentemente um ano.
"Em apenas um ano, a quantidade de planos que ofereceram programas de mudanças de hábitos de vida, como programa para largar o tabaco e de estímulo de atividade física, aumentou em seis vezes e o número de pessoas que participam desses programas também acompanhou o crescimento, aumentou seis vezes. A forte adesão mostra que temos que criar oportunidades para que as pessoas terem mais qualidade de vida", destacou o ministro.
Além da redução do número de internações, o Promoprev trouxe importantes resultados na promoção da qualidade de vida. Em apenas oito meses, houve diminuição do peso corporal em 62% dos inscritos e redução de 67% no número de fumantes.
Fatores de risco
Atualmente, 72% das mortes no país são causadas por Doenças Crônicas Não Transmissíveis, sendo que 43% delas são ocasionadas por doenças cardiovasculares. Em seguida vem o câncer, com 22,6%, além de 8% por problemas respiratórios crônicos e 6,9% por diabetes. O balanço indica também que 63% dos inscritos diabéticos mantêm a glicose controlada, enquanto 92% dos participantes controlam a sua pressa arterial.
De acordo com o diretor-presidente da ANS, o Promoprev trouxe uma forte diminuição dos fatores de risco como sedentarismo e tabagismo. "A expectativa de vida do brasileiro aumentou nas últimas décadas e enfrentar as doenças crônicas é um novo desafio. Incentivar a produção no setor suplementar é uma prioridade da ANS", salientou Maurício Ceschin.
Confira os resultados apresentados pelo levantamento do ministério e da ANS.
Exemplos de dados obtidos de programas monitorados pela ANS | Resultado obtido |
Percentual de pacientes com controle da pressão arterial | 92,06% |
Percentual de redução de fraturas em idosos com mais de 85 anos | 11,76% |
Percentual de redução do número de internações hospitalares em idosos | 70,39% |
Percentual de pacientes com redução de peso após 8 meses | 62,29% |
Percentual de redução na procura de atendimento em Pronto-Socorro | 18,85% |
Percentual de pacientes com dislipidemia controlada (LDL < 130) | 85,35% |
Percentual de realização de mamografia em população entre 50 e 69 anos (a média na saúde suplementar é de 46% nesta faixa) | 74,9% |
Percentual de pacientes inscritos no programa que pararam de fumar ao final do programa | 67,03% |
Percentual de idosos que relatam estabelecimento de novos vínculos sociais | 74,09% |
Percentual de pacientes diabéticos controlados (com hemoglobina glicada menor que 6,5%) | 63,47% |
Percentual de mães em aleitamento materno exclusivo até os seis meses | 81,6% |
Fonte: Ministério da Saúde