Um dos estudos do Saúde Brasil edição 2011, publicado pelo Ministério da Saúde, revelou que a mortalidade feminina caiu 12% nos últimos 10 anos no Brasil. Segundo a publicação, entre os anos de 2000 e 2010, houve uma redução da taxa de mortalidade entre as mulheres de 4,24 óbitos para 3,72.

"Essa redução mostra que o país tem qualificado a assistência à mulher, mas também demonstra que temos de continuar priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama", ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

De acordo com o levantamento do ministério, houve redução da mortalidade em todas as regiões do país. A maior redução foi verificada na Região Sul (14,6%), seguida pela região Sudeste (14,3%). Já as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte tiveram redução de 9,6%, 9,1% e 6,8%, respectivamente.

Consideradas as principais causas da mortalidade feminina, as doenças do aparelho circulatório, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), apareceram em primeiro lugar na pesquisa, representando 34,2% dos óbitos. Apesar disso, as doenças isquêmicas e cerebrovasculares apresentaram redução nos últimos 10 anos.

A taxa de doenças cerebrovasculares em mulheres, como o AVC, caiu de 43,87 para 34,99 entre 2000 e 2010. Em doenças isquêmicas do coração, como o infarto, a redução foi de 34,85 para 30,04 no mesmo período. "A melhoria na assistência à saúde, o aumento da expectativa de vida aliado à ampliação do acesso à informação, assim como a redução do tabagismo, contribuíram para termos um impacto positivo nas mortes de jovens", explicou a diretora de Análise de Situação em Saúde, do Ministério da Saúde, Deborah Malta.

Alguns dos principais fatores de risco apontados para as doenças isquêmicas e cerebrovasculares são as dietas ricas em gordura saturada, que consequentemente aumentam os níveis de colesterol e hipertensão. Para impedir que os índices voltem a crescer, o ministério tem investido em medidas de prevenção, além de medicamentos para o tratamento.

 

Neoplasias

As neoplasias representam a segunda maior proporção de mortes de mulheres em 2010, no total de 18,3%. Dentro dessas neoplasias, o câncer de mama lidera os índices, com 2,8%, enquanto o câncer de pulmão e o de colo do útero vêm logo em seguida, com 1,8% e 1,1%, respectivamente.

Quanto à prevenção das neoplasias, o Ministério da Saúde buscou investir no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado em 2011. Entre as medidas do plano, estão os investimentos em novas unidades de radioterapia em todo o país, além da incorporação do Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos utilizados no combate ao câncer de mama.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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