Foi publicada nesta quarta-feira (31), no Diário Oficial da União, a Portaria do Ministério da Saúde que cria o Programa de Mamografia Móvel. Lançado no início do mês, durante as comemorações do Outubro Rosa, o programa tem o objetivo de ampliar a assistência oncológica no Brasil, principalmente para mulheres entre 50 e 69 anos e que não possuem condições de arcar com as despesas dos exames.

De acordo com o ministério, o programa liberará unidades oncológicas móveis não só terrestres (carretas), mas também fluviais (barcos). Elas irão percorrer locais considerados estratégicos e que serão definidos pelas secretarias de Saúde. Por meio de nota, a pasta afirmou ainda que a estimativa é de serem realizadas até 800 mamografias por mês.

As unidades oncológicas móveis do programa contarão com um técnico em radiologia em cada uma delas e deverão ter pelo menos um mamógrafo: com comando simples, com estereotaxia ou computadorizado. Em algumas unidades, dependendo da estrutura do serviço, poderão ser disponibilizados ainda um médico mastologista, um ginecologista obstetra ou um radiologista.

E como funcionará o encaminhamento das pacientes para as unidades móveis? Em nota, o ministério explica que será por meio das unidades básicas de saúde. "O gestor local deverá estar preparado para atender às mulheres que apresentarem alterações mamárias, prestando atendimento via atenção básica, com encaminhamento aos serviços especializados de diagnóstico e tratamento."

Quanto aos resultados dos exames, a estimativa é que eles possam ser entregues no mesmo dia ou por agendamento. Em algumas unidades móveis, também poderá ser feito o envio do resultado via satélite para um estabelecimento de referência a fim de que um médico especialista possa fazer uma avaliação mais adequada.

O Programa de Mamografia Móvel faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, que em 2011 teve um investimento de R$ 2,1 bilhões. Até 2014, a expectativa do ministério é que sejam investidos mais R$ 4,5 bilhões a fim de fortalecer as ações do plano e torná-lo cada vez mais acessível à população.

 

Fonte: Agência Brasil

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