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Brasília - O Ministério da Saúde lançou hoje (14) a segunda edição do manual para o uso racional de 343 medicamentos, que estão entre os mais consumidos em todo o país. Todos estão disponíveis na rede pública, como antibióticos, anti-inflamatórios e remédios contra hipertensão e diabetes.
O Formulário Terapêutico Nacional 2010 orienta médicos e outros profissionais sobre cuidados com prescrição, contraindicações e efeitos colaterais. Os remédios integram a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), atualizada a cada dois anos. A última versão foi publicada em maio deste ano.
De acordo com o ministério, 60 mil exemplares do manual serão distribuídos às equipes de programas governamentais de saúde e do Farmácia Popular, secretarias de estados e municípios, entidades representativas das áreas médica e farmacêutica e faculdades de farmácia.
Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
Brasília – A pesquisa Saúde Brasil 2009 mostra redução nas taxas de mortalidade materna e infantil no país. A diminuição dessas taxas está entre as metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para serem atingidas em 2015.
De acordo com o estudo anual do Ministério da Saúde, publicado hoje (14), todas as causas de mortes de gestantes apresentaram queda de 1990 a 2007, como hipertensão (63%), hemorragia (58%) e aborto (80%). Com isso, a taxa de mortalidade materna passou de 140 a cada 100 mil bebês nascidos vivos, na década de 90, para 75, em 2007.
A trajetória de queda brasileira foi maior de 1990 a 2001. De 2002 a 2007, tem variado de 72 a 75 mortes por 100 mil nascidos vivos.
O ministério atribui a tendência de redução da mortalidade materna à ampliação do acesso aos serviços médicos antes, durante e após o parto. Atualmente, 98% dos partos são feitos em hospitais e 89% por médicos. Quase 90% das grávidas realizam, no mínimo, quatro consultas do pré-natal no Sistema Único de Saúde (SUS). A meta da ODM é de 35 óbitos por grupo de 100 mil nascidos vivos.
Em relação à mortalidade na infância, a taxa nacional diminuiu 57,6%, de 1990 a 2008, entre crianças com menos de 5 anos e passou de 53,7 para 22,8 por mil nascidos vivos. A meta estabelecida pelas Nações Unidas é de 17,9 mortes por mil nascidos vivos. O Brasil prevê cumprir o objetivo em 2012.
Segundo a publicação Saúde Brasil, o Nordeste apresentou a maior redução da mortalidade infantil no período, 65%. Mas o índice da região está acima do nacional, 32,8 mortes para cada mil nascidos vivos.
A pesquisa registrou também queda na taxa de desnutrição infantil no país. De 1989 a 2006, o número de crianças com menos de cinco anos com baixo peso para a idade caiu de 7,1% para 1,8%. Com a redução da desnutrição infantil, o governo brasileiro cumpre, desde 2006, uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a de erradicar a extrema pobreza e a fome.
Para o Ministério da Saúde, a redução da desnutrição aguda entre crianças está relacionada ao aumento da escolaridade da mãe, à melhoria do poder aquisitivo das famílias e ao acesso aos serviços de saúde, água encanada e rede de esgoto.
Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo//A matéria foi ampliada
Brasília – O diabetes está matando mais no Brasil. De 1996 a 2007, as mortes causadas pela doença cresceram 10%. Com esse aumento, os óbitos passaram de 30 para 33 por grupo de 100 mil habitantes no período, como constatou o Saúde Brasil 2009, estudo anual do Ministério da Saúde.
Os números vão no caminho contrário de outras doenças crônicas não transmissíveis, que apresentam tendência de queda. O estudo do ministério apontou redução de 17% nas mortes causadas por doenças crônicas, que fez mais de 705 mil vítimas somente em 2007. A queda foi de 569 para 475 óbitos por 100 mil pessoas.
A maior redução foi identificada nos problemas respiratórios, como enfisema e asma, 33%. As mortes por doenças cardiovasculares apresentaram queda de 26%. Para o governo federal, o crescimento das mortes por diabetes tipo 2, a mais comum, está relacionado ao sobrepeso na maior parte da população. Dados de vigilância em saúde do ministério, divulgados este ano, revelaram que quase metade dos brasileiros está acima do peso. A incidência da obesidade na população subiu de 11,4%, em 2006, para 13,9%, em 2008.
A publicação Saúde Brasil identificou grande prevalência das mortes por diabetes na Região Nordeste. Em Alagoas, por exemplo, a média foi de 56 mortes por 100 mil habitantes no ano de 2007, contra proporção de 26 por 100 mil, no estado de São Paulo.
Em 2007, as doenças crônicas responderam por 67,3% das mortes, sendo 29,4% as cardiovasculares e 15,1%, os cânceres. Em quarto lugar, está o diabetes com 4,6%.
Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Brasília – As mortes por doenças crônicas caíram 17% no Brasil entre 1996 e 2007, de acordo com dados divulgados hoje (14) pelo Ministério da Saúde. O grupo, que representa 67% do total de mortes em todo o país, inclui doenças cardiovasculares, respiratórias, neoplasias e o diabetes.
Dados do estudo Saúde Brasil 2009 revelam que a maior redução de óbitos foi registrada entre doenças respiratórias como o enfisema pulmonar e a asma, com queda média foi de 2,8% ao ano. Um dos fatores apontados pela pasta é a diminuição do tabagismo no país.
De 1898 a 2009, o percentual de fumantes na população brasileira caiu de 35% para 16,2% – índice menor do que os registrados em países como a Argentina (35%) e os Estados Unidos (40%).
As doenças cardiovasculares, consideradas a principal causa de morte no Brasil, apresentaram uma redução média de 2,2% ao ano entre 1996 e 2007. Apenas em 2007, 308 mil pessoas morreram vítimas desse tipo de enfermidade.
Além da redução do tabagismo, o ministério cita como fatores positivos para este resultados o maior nível de instrução da população, políticas de prevenção e a promoção de uma alimentação mais saudável, além do estímulo à atividade física.
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
Brasília – O número de cesarianas cresceu quase 10 pontos percentuais no país de 2000 a 2007, passando de 38% para 47%. Mulheres com mais de 12 anos de estudo são as que mais fazem a cirurgia, sobretudo nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. É o que constata a publicação Saúde Brasil 2009, lançada hoje (14) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o levantamento, o Sudeste concentra o maior percentual de cesáreas, que passou de 46,3%, em 2000, para 54,2%, em 2007. A menor taxa ficou com o Norte, 35,3%, em 2007.
A publicação compara o índice de recém-nascidos abaixo do peso (menos de 2,5 quilos) com o tipo de parto. As regiões com alto índice de cesáreas, Sudeste e Sul, registravam também o maior número de bebês com baixo peso, 9,2% e 8,7%, respectivamente, em 2007. Para o ministério, a relação levanta a hipótese de que a cesariana está relacionada ao alto percentual de bebês com baixo peso nessas duas regiões.
Os dados reforçam a alta prevalência das cesarianas ante o parto normal no Brasil. De acordo com dados divulgados em 2008 pelo governo federal, as cesáreas somavam 43% dos partos feitos no país em 2006. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a cirurgia represente, no máximo, 15% dos partos.
De acordo com a pesquisa Saúde Brasil, o país reduziu em quase 10% o número de nascimentos, de 2000 a 2008. Foram 3,2 milhões, em 2000, contra 2,9 milhões, em 2008.
A Região Norte foi a única a registrar aumento no número de nascimentos, equivalente a 8,2%. Para o ministério, o crescimento é resultado da ampliação do sistema que verifica a taxa de natalidade no país. A maior queda foi constatada no Sul, 17,7%.
Conforme o levantamento, diminuiu o grupo de mães adolescentes nesse período. Na faixa etária de 15 a 24 anos, a queda foi de quase 93%. Mais da metade dos partos de meninas nessa faixa etária ocorreram nas regiões Norte e Nordeste. Entre as mulheres de 25 a 44 anos, o Sudeste tem maior concentração de partos.
A idade média das mães brasileiras também subiu, de 25,1 anos, em 2000, para 25,7, em 2007.
A publicação Saúde Brasil é lançada anualmente. Esta é a sexta edição com indicadores sobre a saúde do brasileiro. Foi produzida por especialistas do ministério, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Secretaria de Saúde de São Paulo e de seis universidades públicas.
Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
