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O câncer é uma doença que assusta. De acordo com definição do Inca (Instituto Nacional de Câncer), esse é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Uma das formas de tratamento é a quimioterapia e um dos efeitos colaterais é a queda de cabelo, tão temida pela maioria das mulheres. Muitas pessoas até se antecipam e raspam a cabeça antes, para não passarem pela queda gradativa deles. Após o tratamento com a quimioterapia, eles voltam a crescer, mas, em alguns casos, podem crescer temporariamente diferentes. É o caso do ator Reynaldo Gianecchini, que foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin e, após o tratamento, apresentou um cabelo diferente, mais crespo e grisalho.

De acordo com o médico oncologista Artur Malzyner, o tratamento interrompe a multiplicação das células do bulbo folicular, responsáveis pelo crescimento da haste do pelo, provocando a queda gradativa do cabelo nos pacientes, deixando as pessoas que passam pelo tratamento carecas ou com pouco cabelo. Quando os fios voltam a crescer ocorre uma redução na espessura da fibra capilar e, dada a elevada variação na espessura dos fios no couro cabeludo do paciente, o cabelo se torna heterogêneo suficiente para se ondular.

Pode haver também modificações na quantidade de melanina nos fios de cabelo, alterando com isso a tonalidade dos mesmos. "Alguns pacientes passam a apresentar, transitoriamente, cabelos mais claros e outros pacientes cabelos mais escuros", diz ele. O ator Reynaldo Gianecchini, por exemplo, comentou em entrevista que teve de pintar os cabelos, que nasceram grisalhos.

Segundo o oncologista, ao longo de meses subsequentes à quimioterapia, no entanto, os cabelos podem voltar a ser como eram antes.

 

Dr. Artur Malzyner é médico graduado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e Fellow em Oncologia Médica no Centro Nacional de Câncer (Tokyo/Japão). É Membro da American Society of Clinical Oncology (ASCO), European Society for Medical Oncology (ESMO), e da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Médico oncologista no Hospital Israelita Albert Einstein e consultor científico na CLINONCO - Clínica de Oncologia Médica.

Portal: www.clinonco.com.br

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