Hipertensão arterial: doença que atinge um terço dos brasileiros pode ser controlada

Uma das maiores preocupações das autoridades médicas, a hipertensão, é lembrada no dia 26 de abril. O cardiologista Marcos Bubna, do Hospital Cardiológico Costantini, de Curitiba, lembra que esta data de prevenção e cuidados com a doença serve de alerta para que a população preste mais atenção à saúde. Mas por que tanta preocupação com o problema? Ele sugere alguns bons motivos para que as pessoas fiquem atentas à doença popularmente conhecida como pressão alta.

Você sabia que, no mundo, são 600 milhões de hipertensos, segundo a Organização Mundial da Saúde? E que apesar de perigosa, de atingir 30% da população brasileira e de chegar a mais de 50% na terceira idade, conforme a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), na maioria das vezes é assintomática? De acordo com a SBH, outro agravante é que, no Brasil, a hipertensão está presente em 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes. Entre os fatores de risco que levam à mortalidade está a hipertensão que explica 40% das mortes por AVC e 25% daquelas por doença coronariana. Anualmente, quase trezentas mil pessoas morrem, no Brasil, de doenças cardiovasculares, e mais da metade decorre da pressão alta. Dados mais atualizados sobre mortalidade, do Ministério da Saúde (2004), revelam que há 265 mil mortes por doenças do aparelho circulatório. Metade está relacionada à hipertensão não controlada.

O cenário é preocupante tanto em países desenvolvidos, quanto nos demais. Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, é mais severa em pessoas da raça negra, mais suscetível em pessoas obesas e sua incidência aumenta conforme a idade. A Sociedade Brasileira de Hipertensão recomenda que hipertensos devam fazer a verificação da pressão constantemente, para o controle adequado da doença. Sugere-se, também, que crianças a partir dos 3 anos de idade sejam monitoradas com regularidade.